Rio Grande do Sul

Seca em números: RS deve ter perda de produtividade em todas as culturas

Projeções foram apresentadas pela Emater nesta terça-feira (7), diretamente da Expodireto Cotrijal

Os dados relativos à segunda estimativa da safra de grãos de verão do Rio Grande do Sul foram apresentados pelo diretor técnico da Emater-RS, Claudinei Baldissera nesta terça-feira (7), durante a programação da Expodireto Cotrijal. O evento ocorre na cidade gaúcha de Não-Me-Toque.

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Em linhas gerais, agora, a Emater-RS prevê perda de produtividade em todas as principais culturas agrícolas do estado. Em relação à soja, principal cultura em termos de área e produção estadual, nesta safra, a nova estimativa é de produção de 14,16 milhões de toneladas, em uma área plantada de 6,51 milhões de hectares.

Dessa forma, a expectativa atual para a soja é de redução de produtividade de 30,52%, fechando a safra de verão com produtividade média de 36,52 sacas por hectare. Inicialmente, a expectativa da entidade era se colher 52,18 sacas por hectare.

A cultura do milho também apresentou uma redução expressiva na produtividade. Com uma estimativa atual de produtividade média de 74 sc/ha (4.440 kg/ha), o milho apresenta uma redução de 39,49%, em decorrência da estimativa inicial, que previa uma produtividade de 122 sc/ha (7.337 kg/ha). Em área, o milho tende a fechar o ciclo de 3,59 milhões de toneladas.

No Rio Grande do Sul, o arroz ocupa uma área de 889,54 mil hectares e, na estimativa atual, terá uma produção de 6,88 milhões de toneladas. O feijão 1ª safra, que foi plantado em uma área de 31,4 mil hectares, alcançou produção próxima a 49,55 mil toneladas. Já na 2ª safra, a estimativa é que o feijão seja cultivado em 20,43 mil hectares e obtenha uma produção de 28,12 mil toneladas.

Levantamento sobre as culturas gaúchas

arroz - rio grande do sul
Foto: Canal Rural/reprodução

O levantamento dos dados das principais culturas agrícolas do Rio Grande do Sul foi feito pelos escritórios municipais da Emater-RS, sendo revisados e compilados pelas gerências técnica (GET) e de planejamento (GPL) do órgão junto aos regionais.

“A estimativa parcial e final é sobre as informações levantadas a campo durante o período da safra” — Claudinei Baldissera

“A metodologia adotada pela nossa instituição tem sido utilizada há muitos anos e tem se mostrado muito assertiva, pois a estimativa inicial de produtividade é identificada a partir de cálculo de tendência baseado na média alcançada nos últimos dez anos em cada município do estado e a estimativa parcial e final é sobre as informações levantadas a campo durante o período da safra em cada um dos 497 escritórios municipais da instituição”, explica Baldissera.

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Editado por: Anderson Scardoelli.

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