Política

Tarcísio: 'O Brasil merece a pacificação'

De acordo com ele, os governadores "precisam de sabedoria" na relação com o Executivo federal

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) defende que seus pares espalhados em todo o país precisam manter uma relação pacífica com a equipe à frente do poder Executivo federal, independentemente do escopo político e de quem foi aliado na eleição passada. Para ele, o momento é de união entre as autoridades brasileiras.

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“O Brasil merece a pacificação. Houve uma eleição dura, um Brasil que saiu ‘fraturado’ e que agora precisa ser reagrupado. E é necessário que os governantes tenham sabedoria para fazer esse reagrupamento para sarar as feridas e curar as fraturas”, declarou Tarcísio ao participar, na terça-feira (10), da cerimônia de transmissão de cargo para o novo secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Antônio Junqueira. “É necessário entender que, quando se ganha uma eleição, não vai se governar para quem nos elegeu, mas para todos. Respeito às diferenças é fundamental”, prosseguiu.

Dessa forma, o governador paulista colocou como acertada a sua participação no encontro de Lula com governadores na segunda, um dia após manifestantes invadirem o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda nesse sentido de pacificação, Tarcísio tem reunião agendada com o presidente da República para a manhã desta quarta-feira (11), em Brasília, onde o processo de concessão do Porto de Santos deverá ser discutido.

Ações de Tarcísio para o agro de SP

faesp - oportunidades para a agropecuária
Foto: Faesp/divulgação

Além de fortalecer o discurso de união entre as mais diversas autoridades políticas do país, Tarcísio Gomes de Freitas falou de alguns de seus planos para o agronegócio de São Paulo. Conforme afirmou, o estado deve ampliar investimentos na área de infraestrutura. Será o caso, por exemplo, do fortalecimento da Malha Oeste, ferrovia que liga a paulista de Bauru a Corumbá, município de Mato Grosso do Sul na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.

“[Assim], a gente pode trazer fertilizantes de Mato Grosso do Sul, ter mais um canal de exportação para os nossos produtos, ter mais uma conexão com o Porto de Santos, criar mais capacidade no sistema [de escoamento]”, disse Tarcísio. “E essa capacidade quando entra, no final das contas, ajuda a diminuir o frete”, complementou o governador de São Paulo.

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