Economia

Haddad: meta de inflação será discutida pelo governo para adotar próximos passos

Ministro também disse que ainda não discutiu com o presidente Lula a possibilidade e prorrogar a desoneração de impostos federais que incidem sobre combustíveis

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que conversou com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre uma possível mudança da meta de inflação. Entretanto, ele não confirmou se tema estará exatamente na pauta da próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que ocorrerá em 16 de fevereiro.

“A pauta da reunião da semana que vem do CMN ainda não está definida. Hoje tive uma primeira conversa com a ministra do Planejamento e isso metas de inflação será discutido pelo governo para adotar os próximos passos”, respondeu Haddad, ao ser questionado se a mudança de meta da inflação estaria na pauta do CMN.

Ele também voltou a afirmar que a coordenação entre as políticas monetária e fiscal “tem duas mãos”. “Eu defendo a harmonização da política monetária e da política fiscal. Elas são braços do mesmo organismo. A política monetária e política fiscal têm que trabalhar juntas”, declarou.

Desoneração de impostos

Haddad também disse que não discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a possibilidade e prorrogar a desoneração de impostos federais que incidem sobre combustíveis. Segundo ele, nesta terça haverá uma reunião com governadores para tratar sobre o ICMS de combustíveis e outros bens considerados essenciais.

“Não discuti com o presidente Lula prorrogação de desonerações sobre combustíveis. Hoje tenho reunião com governadores para corrigir lambança feita ano passado com a aprovação das leis complementares 192 e 194”, disse o ministro.

Servidores e críticas a Guedes

O ministro da Fazenda criticou indiretamente o ex-ministro da Economia Paulo Guedes durante o evento de reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente. Haddad relembrou o episódio em que Guedes disse, durante reunião ministerial em abril de 2020, que a proposta de suspender por dois anos os reajustes salariais de servidores públicos era uma “granada colocada pelo governo no bolso do inimigo”.

“Sou servidor público estadual, sou professor da USP e sei o que é ficar anos sem qualquer consideração. Pior do que isso é ser demonizado por quem deveria cuidar da sociedade e daqueles que cuidam da sociedade. O objetivo aqui é tirar a granada do bolso de vocês. Aquela cena no Planalto é das mais vergonhosas. Como alguém que pensa o Estado brasileiro e chefia um Ministério tão importante diz que o serviço público é um inimigo?”, disse o ministro da Fazenda.

Haddad ainda declarou que vários ministros do governo têm experiência como governadores ou prefeitos e sempre trataram os servidores com dignidade.

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