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Arroba do boi gordo bate novo recorde e atinge R$ 313; veja as notícias desta sexta

Por outro lado, a forte queda nos preços do petróleo impactou negativamente as commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago

  • Boi: arroba bate novo recorde no Cepea

  • Milho: sequência de altas é interrompida

  • Soja: preços caem de maneira expressiva em Chicago e no Brasil

  • Café: cotações recuam acompanhando Nova York

  • No Exterior: países da Europa voltam a adotar medidas de restrição

  • No Brasil: queda do dólar após BC subir os juros é limitada

  • Agenda:

    • Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso (Imea)

    • Brasil: evolução da colheita de soja (Safras & Mercado)

    • EUA: posição líquida nos mercados futuros de commodities (CFTC)

    Boi: arroba bate novo recorde no Cepea

    O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, voltou a renovar o recorde da série histórica. A cotação variou 1,29% em relação ao dia anterior e passou de R$ 309,5 para R$ 313,5 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 17,35%. Em 12 meses, os preços já alcançam 67,29% de valorização.

    Na B3, o mercado futuro acompanhou a valorização do físico. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 311,1 para R$ 311,55, do abril foi de R$ 309,5 para R$ 312,95 e do maio, de R$ 305,35 para R$ 307,75 por arroba.

    Milho: sequência de altas é interrompida

    A sequência de treze dias consecutivos de alta nos preços do milho foi interrompida. O indicador do milho do Cepea teve uma pequena baixa seguindo o movimento do câmbio e de Chicago. A cotação variou -0,15% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,44 para R$ 93,3 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,63%.

    No exterior, a expressiva queda do petróleo gerou pressão negativa nas principais commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento para maio caiu 2,08% e passou de US$ 5,58 para US$ 5,464 por bushel.

    Soja: preços caem de maneira expressiva em Chicago e no Brasil

    Assim como no caso do milho, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago tiveram um dia de queda expressiva. As fracas exportações norte-americanas na semana e a queda do petróleo impulsionaram a baixa. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, desvalorizou 1,79% e passou de US$ 14,176 para US$ 13,922 por bushel.

    O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) foi impactado pela queda em Chicago e pela desvalorização do dólar em relação ao real. A cotação variou -0,77% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,11 para R$ 169,79 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 10,32% e em 12 meses, os preços alcançaram 79,31% de alta.

    Café: cotações recuam acompanhando Nova York

    O mercado físico brasileiro de café voltou a registrar preços mais baixos. O movimento foi causado por uma forte correção do arábica na Bolsa de Nova York, além da terceira queda seguida do dólar em relação ao real. De acordo com o levantamento diário da Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 720,00/725,00 a saca, contra R$ 730,00/735,00 do dia anterior.

    Na Bolsa de Nova York, a queda ocorreu em virtude da forte baixa dos preços do petróleo. O ritmo lento da vacinação na Europa, bem como as novas medidas de restrição à circulação de pessoas na região, podem ter explicado o movimento. O contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve baixa de 2,7% e passou de US$ 1,3355 para US$ 1,2995 por libra-peso.

    No Exterior: países da Europa voltam a adotar medidas de restrição 

    Alguns países da Europa, como França, Alemanha e Itália, voltaram a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas ao detectarem aumento de casos de Covid-19. O anúncio impactou negativamente os preços do petróleo e desencadeou uma série de correções de preços em commodities agrícolas e metálicas.

    Nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos do Tesouro voltaram a pressionar fortemente os índices de ações no pregão de ontem, sobretudo os papéis de tecnologia. Para o vencimento em dez anos, a taxa chegou a superar 1,75%, sendo a primeira vez que isso ocorre desde janeiro do ano passado. Na abertura desta sexta-feira, 19, os juros dão uma aliviada e abrem espaço para valorização dos futuros nos EUA.

    No Brasil: queda do dólar após BC subir os juros é limitada

    A parcela do mercado que defendia aumentos agressivos de juros do Banco Central argumentava que o movimento poderia gerar valorização expressiva do real em relação ao dólar. Porém, no primeiro dia após o BC subir os juros acima da projeção dos investidores e sinalizar por mais um aumento da mesma magnitude no comunicado, a queda do dólar foi limitada.

    O dólar caiu 0,30% e foi de R$ 5,5861 para R$ 5,5695. É bem verdade que a elevação das taxas de juros futuras nos Estados Unidos gerou alta da moeda norte-americana em comparação com outros pares. Porém, ficou evidente que a alta dos juros no Brasil provavelmente não será suficiente para gerar apreciação consistente da moeda brasileira.