Boi tem preços estáveis com frigoríficos observando demanda

As notícias de relaxamento das estratégias de distanciamento social em alguns estados podem resultar no início do processo de normalização das vendas

Giro do Boi cocho
Foto: Giro do Boi

O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos seguem atentos ao comportamento da demanda doméstica de carne bovina. As notícias de relaxamento das estratégias de distanciamento social em alguns estados podem resultar no início do processo de normalização das vendas. 

Em São Paulo o quadro é diferente, com a estratégia completa de retomada sendo anunciada para o dia 8 de maio, e dependendo do caso de cada município. O número de leitos vagos será decisivo para a evolução desse processo de relaxamento.  

“O ponto positivo em relação ao mercado paulista está em um possível adiamento do Dia das Mães no estado, feriado muito importante em relação ao comércio varejista. No geral os frigoríficos ainda optam por operar com suas escalas de abate encurtadas, avaliando ainda o lento escoamento da carne” assinalou.

Em São Paulo, capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 194 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 184. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 178 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 175. Já em Cuiabá,  Mato Grosso, o preço ficou em R$ 170 a arroba, inalterado.

Atacado 

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o escoamento da carne no mercado doméstico ainda ocorre de maneira bastante lenta, natural em meio às alterações do padrão de consumo com as estratégias de distanciamento social. O fechamento de restaurantes, redes hoteleiras e de outros estabelecimentos é decisivo para o entendimento desta questão. A exceção permanece no excelente ritmo de embarques destinados a China. Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.