Diversos

Brasil aumenta exportações de arroz em setembro mesmo com dificuldades no frete

No mês passado, os embarques totalizaram 130,2 mil toneladas, contra importações de 79,1 mil; demanda em alta favoreceu resultado, diz Abiarroz

As exportações brasileiras de arroz (base casca) ganharam fôlego em setembro, apesar das dificuldades provocadas
pela alta do preço do frete marítimo. No mês passado, os embarques totalizaram 130,2 mil toneladas, contra importações de 79,1 mil, o que garantiu um saldo de 51,1 mil toneladas, informa a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), baseada em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Com esse resultado, as vendas externas do cereal em setembro superaram em mais de 52 mil toneladas o volume que foi vendido no mesmo mês de 2020, quando o resultado alcançou somaram 78,1 mil toneladas. Os principais destinos das exportações em setembro foram Cuba (44,7 mil toneladas), Venezuela (32,2 mil), Senegal (29,5 mil), Serra Leoa (11,7 mil) e China (3,2 mil).

Segundo a gerente de Exportações da Abiarroz, Carolina Telles Matos, o aumento da demanda mundial pelo cereal
e a intensificação das ações promocionais do Projeto Brazilian Rice – desenvolvido pela associação em parceria
com a Apex-Brasil – contribuíram para o bom desempenho das vendas externas do setor no mês passado.

Mesmo assim, o cenário ainda é de adversidade para a orizicultura no mercado global, acrescenta o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. Isso porque, assinala, a elevação dos valores do frete marítimo tem prejudicado as exportações, especialmente para mercados com maior valor agregado, como os do
Peru e dos EUA.

“No início do ano, o preço do contêiner para o Peru era de US$ 1 mil e hoje custa US$ 7,5 mil. No mesmo período,
o valor do contêiner para os Estados Unidos saltou de US$ 1 mil para cerca de US$ 10 mil”, diz o dirigente da Abiarroz.