Economia

Vendas de etanol somam 2,17 bilhões de litros em janeiro

É o que informa a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)

Em janeiro, as vendas de etanol registradas foram bastante robustas, totalizando 2,17 bilhões de litros. Divulgado nesta sexta-feira (10) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), esse volume representa um aumento de 23,10% em relação ao mesmo período da safra 2021/2022.

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No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado totalizou 997,80 milhões de litros, o que significa um avanço de 8,83% em relação ao mesmo período da safra anterior. O volume vendido na segunda quinzena do mês foi suficiente para inverter a tendência negativa observada na primeira metade de janeiro.

Esse movimento, concomitantemente, coloca a venda de etanol hidratado em um terreno positivo dentro do ano safra, quando comparado com o ciclo agrícola anterior. Até o momento, 13,21 bilhões de litros de hidratado carburante foram comercializados, um acréscimo de 0,65% em relação à safra 2021/2022.

A venda de etanol anidro carburante, por sua vez, atingiu a marca de 979,42 milhões de litros, registrando crescimento de 23,24%. Esse valor, que se aproxima das vendas de etanol hidratado em janeiro, indica não apenas que o consumo final do biocombustível diretamente pelos veículos deve ser mais forte no mês, mas que a demanda de Ciclo Otto segue robusta, o que puxa as vendas de anidro para atendimento da mistura na gasolina C.

No acumulado de abril de 2022 até 31 de janeiro de 2023, foram comercializados 14,06 bilhões de litros de hidratado carburante (+0,85%) e 10,61 bilhões de litros de etanol anidro (+17,06%). Desses volumes supramencionados, 6% correspondem a operações de exportação, para o etanol hidratado, enquanto 13% é a representatividade das vendas ao mercado externo de etanol anidro, em relação ao total comercializado pelos produtores.

Etanol e mercado de CBios

CO2 etanol, Biocombustível
Foto: Secretaria de Energia e Mineração de São Paulo

Dados da B3 registrados até o dia 8 de fevereiro indicam a emissão de 3,12 milhões de CBios em 2023. Até a data supracitada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 36,67 milhões de créditos de descarbonização1

As distribuidoras de combustíveis, que constituem a parte obrigada no programa, deverão, em 2023, aposentar uma quantidade de CBios equivalente às metas de 2022 e do ano corrente. Assim, além dos 36,72 milhões de créditos considerados débitos de 2022 cujo cumprimento foi postergado, um adicional de cerca de 35,45 milhões referentes a meta de 2023 devem ser adquiridos e aposentados para que o compromisso para com as reduções de emissões propostas pelo programa seja mantido.

Vale lembrar que cada CBio representa uma tonelada de CO2eq. que deixou de ser emitida graças à substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis.

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