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Após alta em fevereiro, exportação de milho só deve voltar a crescer em julho

Na segunda semana do mês os embarques do grão cresceram 48%; vendas ainda são resultado de contratos negociados na safra passada

milho
Foto: Pixabay

O Brasil segue registrando alta semanal nas exportações de milho. Até a segunda semana de fevereiro, o volume embarcado chegou a 504,944 mil toneladas, alta de 48,4% sobre as 340,256 mil exportadas em mesmo período de 2020, segundo dados preliminares do Ministério da Economia, divulgados nesta quarta-feira, 17.

De acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o aumento nas vendas é explicado pelo cumprimento de contratos da safra passada. Segundo ele, não há registro de novas compras nos últimos três meses e a tendência é de que as vendas externas começem a perder ritmo a partir da próxima semana. 

“As vendas deste mês ainda são de contratos da safra de verão, mas acredito que o volume exportado não ultrapasse as 600 mil toneladas no fechamento do mês. Depois disso, cargas maiores só devem ser registradas em julho, com o mercado voltado para a safrinha de milho”, destaca.

Brandalizze lembra que, a partir de agora, os portos brasileiros serão ‘dominados’ pelos embarques da soja. No entanto, o atraso na colheita deve reduzir o fluxo das vendas externas brasileiras na comparação com o ano passado. “O movimento dos portos cresceu e deve aumentar ainda mais, mas devemos ficar abaixo da quantidade exportada no ano passado e embarcar até 3,5 milhões de toneladas”, projeta.

Na opinião do analista, os problemas enfrentados por alguns caminhoneiros no escoamento da safra de soja na região Norte não devem prejudicar as exportações. “Temos um bom avanço da colheita em algumas regiões de Mato Grosso e a safra deve passar por mais portos, como Paranaguá (PR) e Santos (SP).

Até a segunda semana de fevereiro, o Brasil exportou 550,963 mil toneladas de soja, bem abaixo das 4,833 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo de 2020.