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Governo apresenta dados contra críticas à condução de questões ambientais

Segundo dados apresentados, além de preservar mais de 60% da mata nativa, o Brasil ainda pode expandir sua agricultura usando apenas áreas de pastagem

MP do Código Florestal, meio ambiente
Foto: Guilherme Noronha/Embrapa

O Ministério da Economia publicou nesta terça-feira, 14, uma nota informativa com objetivo de rebater críticas feitas à condução do governo nas questões ambientais. Segundo o documento, “uma versão particularmente danosa dessas críticas associa a intensificação das queimadas e do desmatamento com possível redução do fluxo de investimentos externos direcionados ao Brasil”.

No documento, a pasta destaca a importância da agenda ambiental para o país e reforça que o Código Florestal brasileiro é um dos mais modernos do mundo no que se refere ao cuidado e preservação do meio ambiente.

Vamos aos números!

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 12% da área preservada no mundo fica no país, resultado que coloca o Brasil atrás apenas da Rússia e que supera o volume de Estados Unidos e Austrália juntos.

Os números compilados pelo governo também indicam que o Brasil é o país com a maior proporção de área preservada, de acordo com os dados da ONU/FAO. Quase 60% do território nacional encontra-se intacto, contra aproximadamente 35% de Canadá e Estados Unidos. O área preservada aqui é quase três vezes superior a média mundial.

“O Brasil não apenas preserva parte expressiva de seu território, mas também se encontra entre os países que menos emitem CO2, em termos per capita, no mundo, sendo classificado no grupo de países de “baixa emissão per capita” (menos do que 4 toneladas de CO2 ano por habitante)”, informa.

Outra inferência que se pode deduzir a partir dos dados é que, em termos de uso de terras, o Brasil não precisa de desmatamento para aumentar sua produção agrícola, posto que, dos 30% de sua área explorada com agropecuária, mais de 66% se referem a pastagens que podem ser facilmente convertidas em área de produção agrícola.

Queimadas

Em 2020, o número de focos de queimadas no Brasil caiu em relação a 2019, o que não pode ser dito em relação a outros países, segundo a nota informativa. “Embora a extensão das áreas sob aviso de desmatamento na Amazônia tenha crescido em junho, tais números ainda precisam ser confirmados e eles não são corroborados, até agora pelo menos, pelos focos de queimadas na região”, diz. “Além disso, não se deve confundir movimentos conjunturais de curto prazo com políticas de governo de efeitos mais duradouros”, acrescenta.

Convite ao diálogo

O ministério finaliza a nota convidando investidores a fazer uma diferenciação entre eventos conjunturais e políticas de governo voltadas para o meio-ambiente. “Críticas e sugestões sempre são bem-vindas, o debate econômico honesto engrandece a todos. Fundamental que esse debate seja feito com base em dados”, pontua.

Confira a nota completa!