Pecuária

Custo de produção de aves e suínos segue pressionado no Paraná

Questão ocorre em decorrência da alta da inflação e da defasagem dos preços

No Paraná, o custo de produção de aves e suínos segue pressionado pela alta da inflação e defasagem nos preços. Com isso, as margens de lucro não cobrem os custos com a manutenção da atividade. A análise consta em um levantamento semestral feito pela Federação da Agricultura do estado (Faep).

Na avicultura, as despesas que englobam o custo variável, o operacional e o custo total superam o lucro dos produtores, que permanece no vermelho. De novembro de 2021 a maio deste ano, o saldo sobre o custo total da atividade foi negativo tanto para o frango griller quanto para o pesado.

Em duas oportunidades desse período — maio de 2022 e novembro do ano passado —, o saldo negativo era menor. O prejuízo, porém, chegou a R$ 0,48 por ave entregue. Segundo a Faep, as margens vem se estreitando a cada novo levantamento semestral.

Preços defasados na produção de suínos

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Foto: Nelson Morés/Embrapa Suínos e Aves

Na suinocultura, a conclusão do levantamento é de preços defasados. O custo total por cabeça alcançou R$ 66,04, enquanto que a receita do produtor foi de R$ 46,67. Ou seja: um prejuízo de R$ 19,17 por leitão.

A receita também não é suficiente para cobrir os desembolsos em uma das principais atividades da pecuária paranaense. A Faep observa três eixos importantes para um segundo semestre menos pressionado:

  • A abertura dos portos chineses;
  • A entrada de novos mercados;
  • Aumento no consumo doméstico.

A alimentação ocupa cerca de 70% dos custos totais na suinocultura. Na avicultura, a mão de obra, a energia elétrica e o aquecimento somam aproximadamente 70% da composição de custos de produção.

“Subiu tudo. A maravalha que estava R$ 7 há 90 dias, agora está R$ 19. Diesel, mão de obra, energia elétrica estão mais caros”, avalia o avicultor Juarez Pompeu, que participou do painel da Faep em Chopinzinho, na sudoeste do Paraná.

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