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Cadê a chuva? Falta de umidade preocupa produtores gaúchos e argentinos

De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva só deve retornar ao país vizinho no dia 10, mas a precipitação chega antes ao Rio Grande do Sul

Enquanto a chuva atinge 70 milímetros em parte do norte do Paraná e atrapalha os trabalhos de colheita da soja, que chegaram a apenas 23% das áreas, segundo o Deral, a falta de umidade na Argentina e no Rio Grande do Sul já preocupa os produtores.

De acordo com a Bolsa de Cereais do país vizinho, 75% da soja na Argentina ainda está em boas condições, mas o tempo seco vai durar até o dia 10 de março. Embora a qualidade da soja e as condições meteorológicas estejam melhores que o esperado para um período de La Niña, a Argentina vive um período mais seco e bastante quente.

A colheita do milho, por outro lado, avança mais rapidamente por conta do clima seco. Estima-se produção 5,5 milhões de toneladas a menos que na produção anterior pelo aparecimento de estiagens regionalizadas durante seu desenvolvimento.

Na segunda semana de março, entre os dias 8 e 14, até há previsão de chuva sobre a Província de Buenos Aires, mas a maior parte do país passará por tempo seco.

No Rio Grande do Sul, a chuva chega antes e pode vir com trovoadas e até granizo não só neste estado, mas também em Santa Catarina e no Paraná nas próximas 24 horas. A chuva é pesada com ventos moderados sobre o oeste e noroeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Em outras áreas do estado, a chuva é mais isolada e passageira e ainda preocupa os produtores rurais.

“Trata-se de duas áreas de baixa pressão atmosférica na região Sul e que são alimentadas por um corredor de umidade da Amazônia e pelo calor da tarde. Não estão descartados transtornos como alagamentos e deslizamentos em áreas de risco, mas infelizmente algumas áreas produtoras terão pouca chuva”, diz Desirée Brandt, meteorologista da Somar.

Segundo ela, na metade sul do Rio Grande do Sul é que as pancadas são mais isoladas, atingindo apenas uma ou outra cidade.

No fim de semana, as instabilidades perdem força e a chuva diminui bastante no Rio Grande do Sul, onde as temperaturas também sobem um pouco mais. Por outro lado, a chuva ainda persiste entre Paraná e Santa Catarina.