ANÁLISE

Abate de bovinos pode desacelerar ao longo do ano, mas oferta segue elevada

O aumento no abate de fêmeas também foi observado em MT, onde atingiu o volume mais alto da história

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que revelam um crescimento significativo no abate de bovinos, suínos e aves no Brasil durante o ano de 2023. De acordo com os números, o abate de bovinos alcançou a marca de 34,06 milhões de cabeças, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior, representando o segundo maior volume da história.

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Os abates de frangos também registraram um recorde, totalizando 6,28 bilhões de cabeças, o que representa um aumento de 2,8% em comparação com 2022. Da mesma forma, os abates de suínos atingiram um número recorde, somando 57,17 milhões de cabeças, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior.

Segundo o consultor de mercado e diretor da HN Agro, Hyberville Neto, os números refletem um aumento na oferta de gado, principalmente devido ao aumento do abate de fêmeas. Esse aumento, por sua vez, é resultado da queda nos preços do bezerro desde 2022.

No entanto, Neto destaca que, embora haja um aumento significativo nos abates, é improvável que esse ritmo se mantenha ao longo do ano. Ele ressalta que a participação de fêmeas nos abates totais tem se mantido relevante, mas espera-se uma diminuição nos próximos meses.

O aumento no abate de fêmeas também foi observado em Mato Grosso, onde atingiu o volume mais alto da história, com quase 325.000 cabeças abatidas em fevereiro, de acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do estado.

Os números indicam uma movimentação intensa no setor de abate no Brasil, com impactos significativos na economia e na produção de alimentos. A tendência é de que o mercado continue aquecido nos próximos meses, com os meses de março apresentando um volume ainda maior de abates.