Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quinta-feira

Cotações do milho e do boi gordo renovam recordes na bolsa brasileira. Último debate entre Trump e Biden é destaque no cenário internacional

  • Boi: contrato para dezembro supera R$ 290 por arroba

  • Milho: futuros rondam R$ 84 por saca na B3

  • Soja: preço chega a R$ 170 no Paraná e em Minas Gerais

  • Café: mais um dia de baixas em Nova York; cotações ficam estáveis no Brasil

  • No Exterior: último debate entre Trump e Biden é foco dos mercados

  • No Brasil: prévia da confiança da indústria chega ao maior patamar em 9 anos

  • Agenda:

    • Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)

    • EUA: pedidos semanais de seguro desemprego

    • EUA: exportações semanais de grãos dos EUA (USDA)

    Boi: contrato para dezembro supera R$ 290 por arroba

    A curva futura do boi gordo segue registrando expressivas altas e renovando recordes históricos. Com isso, o contrato para dezembro já superou os R$ 290 por arroba, com o ajuste passando de R$ 284,75 para R$ 290,45. O vencimento novembro passou de R$ 284,70 para R$ 289,05.

    No mercado físico, a Scot Consultoria registrou preço bruto e à vista a R$ 266 por arroba em São Paulo para o boi comum. Para os animais destinados à exportação, os negócios saem a R$ 270 nas mesmas condições. O indicador do boi gordo do Cepea seguiu o mesmo caminho e passou de R$ 266,45 para R$ 268,7, renovando a máxima histórica.

    Milho: futuros rondam R$ 84 por saca na B3

    As cotações do milho tiveram novo expressivo avanço no mercado futuro com a curva subindo em média 5%. O vencimento para janeiro de 2021, o segundo mais negociado, superou os R$ 84 por saca e teve ajuste em R$ 84,04. O novembro, o mais negociado, teve ajuste ficou próximo desse patamar em R$ 83,92.

    No mercado físico, a consultoria Safras & Mercado registrou novo recorde de preços em Campinas (SP), com saca sendo negociada a R$ 80. As cotações do cereal que já tinham tendência de alta em virtude da oferta restrita agora são pressionadas por fatores climáticos que podem gerar uma safra menor no ano que vem.

    Soja: preço chega a R$ 170 no Paraná e em Minas Gerais

    A consultoria Safras & Mercado registrou preços da saca de soja a R$ 170 em Cascavel e Maringá, no Paraná, e em Uberlândia, em Minas Gerais. A grande maioria das praças analisadas pela consultoria registrou alta das cotações. Com pouco volume disponível no mercado brasileiros, os valores são apenas nominais, mas seguem mostrando sustentação dos preços.

    Em Chicago, a questão climática que afeta o plantio no Brasil pressiona positivamente os futuros da soja norte-americana. O vencimento novembro subiu 0,75% e superou os US$ 10,70 por bushel atingindo o maior valor dos últimos 28 meses.

    Café: mais um dia de baixas em Nova York; cotações ficam estáveis no Brasil 

    O café arábica segue sua tendência de baixa na Bolsa de Nova York e já opera abaixo de US$ 1,03 por libra-peso. Ainda assim, os preços ficaram estáveis nas praças brasileiras acompanhadas pela consultoria Safras & Mercado. O indicador do arábica do Cepea passou de R$ 531,09 para R$ 531,54 e interrompeu uma série negativa de três dias consecutivos de quedas.

    No Exterior: último debate entre Trump e Biden é foco dos mercados

    Os mercados monitoram o último debate antes das eleições presidenciais norte-americanas em 3 de novembro entre o candidato democrata Joe Biden e o presidente Donald Trump. No início desta semana, algumas pesquisas mostraram diminuição da vantagem de Biden sobre Trump. Dessa forma, o último debate entre os candidatos é bastante aguardado para atualização das apostas dos investidores.

    Em relação ao acordo para novos estímulos fiscais para a economia norte-americana, a indefinição permanece e já afeta as bolsas globais. Apesar de o acordo parecer encaminhado, os mercados aguardam para saber se será efetivado antes das eleições.

    No Brasil: prévia da confiança da indústria chega ao maior patamar em 9 anos

    A prévia do índice de confiança da indústria, calculada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), deu mais um salto em outubro e alcançou o maior valor desde abril de 2011. O indicador avançou 4 pontos na passagem de mês e chegou a 110,7 pontos, sendo que números acima de 100 registram expansão do setor. A combinação entre juros baixos e demanda interna sustentada tem impactado na melhora da indústria brasileira após as quedas causadas pela pandemia.

    Com agenda econômica e política esvaziada esta semana, os mercados no Brasil acabam seguindo de maneira mais próxima o que acontece no exterior. Dessa forma, a bolsa ficou estável, ainda sustentada acima dos 100 mil pontos e o dólar teve ligeira alta e segue negociado acima dos R$ 5,60.