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As notícias que você precisa saber agora para começar bem a segunda-feira

Queda no preço do boi gordo, agenda econômica e vendas retraídas do milho estão entre as informações importantes de hoje, confira!

  • Boi: arroba recua na primeira semana de agosto e Agrifatto vê alongamento das escalas de abate

  • Milho: produtor retraído e novo avanço do dólar puxam alta dos preços

  • Soja: preço no Paraná tem alta de mais de 6,0% na primeira semana de agosto

  • No Exterior: sem acordo com Partido Democrata, presidente Donald Trump assina ordens executivas para manter estímulos econômicos nos EUA

  • No Brasil: ata da última reunião do Copom e agenda econômica são destaques na semana

  • Agenda:

    • USDA: inspeções de exportação semanal dos EUA

    • Brasil: balança comercial da primeira semana de agosto

    • USDA: condições das lavouras norte-americanas

    Boi: arroba recua na primeira semana de agosto e Agrifatto vê alongamento das escalas de abate

    O indicador Cepea/B3 encerrou a primeira semana de agosto com queda de 1,25%, cotado a R$ 225,45 a arroba. Na B3, o contrato para outubro recuou R$ 1,45 na semana. A Agrifatto Consultoria registra avanço nas programações de abate nas principais praças do país.

    Em São Paulo, por exemplo, as indústrias encerraram a semana com 9 dias úteis, acima da média em 2020 de 6 dias. Este alongamento também foi observado pela consultoria em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 6 dias úteis. No atacado paulista, porém, o preço avançou com a ponta compradora cedendo à pressão de alta, também de acordo com a Agrifatto. A carcaça casada passou a ser negociada a R$ 14,80 o quilo, um aumento semanal de 2,07%, patamar próximo dos recordes registrados em novembro do ano passado em R$ 15,00.

    Milho: produtor retraído e novo avanço do dólar puxam alta dos preços

    O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, avançou pelo oitavo dia consecutivo e ficou cotado a R$ 52,72, um avanço semanal de 3,8%. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari, o produtor segura a oferta do cereal na espera de reajustes positivos nos preços e impulsiona as valorizações observadas nos últimos dias.

    O avanço do dólar na semana de 3,78% também ajudou a pressionar as cotações. Molinari analisa que o comportamento do mercado interno é surpreendente, com preços em alta em plena colheita. Apesar de bom volume de embarque nas exportações, isso não é um fator que explicaria totalmente a agressividade de preços e prêmios nos portos. De acordo com ele, o movimento se relaciona com o erro de originação das tradings, que estão descobertas e apenas com embarques de curto prazo.

    Soja: preço no Paraná tem alta de mais de 6% na primeira semana de agosto

    O indicador Cepea/Esalq com base nos preços de cinco praças do Estado do Paraná renovou o recorde histórico pelo segundo dia consecutivo e está cotado a R$ 118,22 por saca, acumulando uma alta expressiva de 6,05% na primeira semana de agosto.

    O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá encerrou uma sequência de seis altas seguidas e teve um recuo, cotado a R$ 123,20, porém, com uma alta semanal de 3,43%. A Agrifatto Consultoria registrou preços um pouco diferentes no Porto de Paranaguá e já observa cotações superando os R$ 125 por saca.

    No exterior, o mercado se prepara para a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) fará nesta quarta-feira, 12. A expectativa dos analistas consultados pelo Wall Street Journal indica aumento da produtividade, de 3,35 para 3,46 toneladas por hectare, bem como aumento da projeção da safra, de 112,55 milhões para 116,44 milhões de toneladas.

    Essas projeções mais do que compensaram o anúncio de novas vendas para a China na sexta-feira passada e pressionaram para baixo as cotações da oleaginosa em Chicago.

    No Exterior: sem acordo com Partido Democrata, presidente Donald Trump assina ordens executivas para manter estímulos econômicos nos EUA

    No final de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas (situação semelhante a Medidas Provisórias no Brasil) para manter parte dos estímulos concedidos no país na tentativa de atenuar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. As medidas precisaram ser tomadas em virtude da falta de acordo entre republicanos e democratas.

    Com a aproximação das eleições presidenciais nos EUA, as discussões em torno de um acordo para o pacote de estímulos ficam complicadas. A manutenção dos estímulos, ainda que temporária, gerou efeito positivo nos mercados. Porém, os investidores ainda estão atentos para a evolução da dinâmica geopolítica entre China e EUA. O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou sanções não especificadas contra 11 políticos e chefes de organizações não governamentais (ONGs) americanos em retaliação à ação similar dos Estados Unidos contra autoridades chinesas e aliados em Hong Kong.                         

    No Brasil: ata da última reunião do Copom e agenda econômica são destaques na semana 

    Amanhã, terça-feira, investidores aguardam ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para calibrar apostas para a taxa de juros na próxima reunião em setembro. Após a redução de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, o Copom deixou a possibilidade de novos cortes em aberto, surpreendendo parte do mercado, de forma que a ata pode trazer informações adicionais às discussões.

    Durante a semana, o mercado monitora a agenda econômica com dados de varejo, serviços e o IBC-Br (prévia do PIB do Banco Central) de junho. No cenário político, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que irá bloquear tentativas de contornar ou enfraquecer o teto de gastos, que proíbe aumento real de despesas do Governo Federal. Maia também disse estar confiante na aprovação de uma Reforma Tributáriaaté o final de seu mandato como presidente da Câmara, que termina ao final deste ano.