Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira

Recorde histórico nas exportações de boi gordo e preço da soja sustentado no mercado brasileiro estão entre as informações importantes de hoje, confira!

  • Boi: arroba chega ao maior valor do ano no indicador Cepea/B3 e exportações sinalizam novo recorde histórico

  • Milho: mercado interno compete com exportação e suporta avanço dos preços, diz Safras

  • Soja: avanço do dólar, de Chicago e pouca disponibilidade no país sustentam preços no mercado brasileiro

  • USDA: condições das lavouras americanas de soja têm nova melhora acima do projetado

  • No Exterior: otimismo volta com força aos mercados globais com sinalização de corte no imposto sobre ganhos de capital nos EUA

  • No Brasil: riscos crescentes no cenário fiscal diminuem apostas por novos cortes de juros

  • Agenda:

    • Brasil: ata da última reunião do Copom

    • Brasil: atualização da estimativa para a safra brasileira de grãos 2019/2020 (Conab)

    • Brasil: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho (IBGE)

    Boi: arroba chega ao maior valor do ano no indicador Cepea/B3 e exportações sinalizam novo recorde histórico

    O indicador Cepea/B3 voltou a subir, apagou a queda registrada na primeira semana de agosto e registrou o maior valor do ano, cotado a R$ 228,5 por arroba. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados da balança comercial da primeira semana de agosto e as exportações de carne bovina in natura seguem em ritmo muito forte.

    No período, o volume total embarcado foi de 44 mil toneladas, de forma que a média diária foi de 8,81 mil toneladas, um aumento de 20% em relação a julho e de 43% em relação a agosto de 2019. Caso o ritmo seja mantido até o final do mês, o Brasil pode superar o recorde histórico registrado em outubro do ano passado de 170,5 mil toneladas.

    Milho: mercado interno compete com exportação e suporta avanço dos preços, diz Safras

    De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado interno tem competido com o setor exportador e garante suporte ao avanço dos preços do milho em período de colheita. O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, avançou pelo nono dia consecutivo e ficou cotado a R$ 53,59, acumulando uma alta de 5,5% no mês de agosto.

    Como esperado, as exportações começam a registrar fortes volumes. Nos cinco primeiros dias úteis deste mês, já foram embarcadas 2,04 milhões de toneladas, resultando em uma média diária de 408,48 mil toneladas e 22,74% maior que o registrado em agosto do ano passado.

    No exterior, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou ligeira piora das condições das lavouras americanas de milho. De acordo com o relatório, 71% das plantações estavam em condições boas ou excelentes, 1 ponto percentual abaixo da semana passada e também da projeção dos analistas consultados pela Reuters.

    Soja: avanço do dólar, de Chicago e pouca disponibilidade no país sustentam preços no mercado brasileiro

    A Agrifatto Consultoria registra que a combinação da valorização do dólar, de Chicago e do prêmio nos portos garante novas valorizações da soja, com grande parte dos portos brasileiros registrando negócios acima de R$ 126 por saca. A consultoria ressalta que apesar da pouca disponibilidade da oleaginosa, a oferta que surge é negociada de maneira feroz por compradores internos e até mesmo externos. O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá teve um avanço pequeno e ficou cotado a R$ 123,21.

    No exterior, após a recuperação dos preços, influenciada por novas vendas da oleaginosa para a China, o mercado deve repercutir os dados das lavouras divulgados pelo USDA e ter alguma pressão de baixa. O relatório trouxe nova melhora das condições das lavouras americanas de soja com 74% delas em condições boas ou excelentes. Este resultado é 1 ponto percentual acima do registrado na semana anterior e 2 pontos acima da expectativa dos analistas consultados pela Reuters.

    No Exterior: otimismo volta com força aos mercados globais com sinalização de corte no imposto sobre ganhos de capital nos EUA

    Os principais mercados globais voltam a apresentar forte otimismo com a sinalização de diminuição dos impostos que incidem sobre ganhos de capital nos Estados Unidos. O indicativo foi dado pelo presidente americano, Donald Trump, que afirmou que considera “muito seriamente” um corte de imposto de renda para famílias de renda média e também sobre ganhos de capital.

    O mercado também vê com otimismo a disposição dos democratas em voltar a negociar o pacote de estímulos fiscais. Por fim, também é vista como positiva a declaração do presidente do Banco Central da China (PBOC) em entrevista à agência estatal de notícias do país Xinhua, que os chineses continuarão a implementar a fase 1 do acordo comercial com os EUA e que têm intenção de abrir o setor financeiro.                   

    No Brasil: riscos crescentes no cenário fiscal diminuem apostas por novos cortes de juros

    Os gastos crescentes do Governo Federal para tentar atenuar os efeitos econômicos negativos da pandemia e a pressão nos bastidores para aumento das despesas com obras públicas trazem riscos fiscais que são cada vez mais monitorados pelo mercado.

    Dessa forma, restou uma pequena parcela dos investidores apostando que o Banco Central consiga ir além dos 2,0% ao ano na taxa Selic com novas reduções. Pior ainda, os riscos acabam pressionando a parte mais longa da curva de juros e podem diminuir o potencial da política monetária em estimular a economia.