Boi

Boi gordo: frigoríficos pagam mais para conseguir atender demanda de Natal

A análise é da Scot Consultoria. Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Bois no pasto
Foto: divulgação

Com a aproximação do Natal, está difícil a aquisição de boiadas e o volume de negócios diminuiu, aponta a Scot Consultoria. Os frigoríficos que precisam de bois para atender a demanda esperada para essa época do ano estão ofertando preços acima da referência.

Em São Paulo, por exemplo, a cotação subiu 50 centavos por arroba, um acréscimo de 0,3% na comparação dia a dia. Desde o início de dezembro a valorização foi de 2% no estado.

As escalas de abate em São Paulo giram em torno de seis dias, porém, foram registradas indústrias com escalas mais curtas.

Em Goiânia (GO), o cenário é o mesmo e a alta foi de 0,7%.

Por outro lado, em regiões onde a oferta foi suficiente para atender a demanda, foram registadas desvalorizações. Como foi o caso de Sul do Tocantins, onde a queda foi de R$ 1 por arroba frente ao levantamento de quarta-feira, dia 19.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 151
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 139
  • Dourados (MS): R$ 140
  • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 136
  • Marabá (PA): R$ 133
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,90 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 151
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 135
  • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de de Chicago fecharam a quinta-feira com preços mais baixos.

Apesar do bom resultado das exportações semanais americanas e do anúncio de novas vendas – incluindo aquisições chinesas -, o mercado foi pressionado pelo clima de aversão ao risco no cenário financeiro, que se seguiu às decisões de ontem do banco central americano, o Fed.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019 ficaram em 2,8 milhões de toneladas na semana encerrada em 13 de dezembro – maior volume da temporada. Representa um forte avanço frente à semana passada e à média das últimas quatro semanas. O maior comprador foi a China, com 1,6 milhão de toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 127,8 mil toneladas. Analistas esperavam entre 2 milhões a 2,7 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou ainda vendas de 204 mil toneladas de soja em grão por parte dos exportadores privados para a China. Outras 257 mil foram vendidas para destinos não revelados. Além disso, 100 mil toneladas de farelo de soja foram operacionalizadas com a Colômbia.

Como era amplamente esperado, o Fed elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (pp), para a faixa entre 2,25% e 2,50%, e reduziu as projeções de aperto monetário para 2019, que passaram de três para duas. As estimativas de crescimento e inflação também foram revisadas em baixa para este ano e no próximo.

Segundo analistas, o sinal político para os próximos anos foi mais radical do que o mercado esperava. Agora o Fed afirmou que vai monitorar o desenvolvimento financeiro e global – referindo-se aos resultados aquém da atividade industrial da Europa e da China.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,93 (-6,50 cents)
  • Março/2019: US$ 9,06 (-6,75 cents)

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de preços pouco alterados, num dia arrastado e sem negócios reportados, já em ritmo de feriados. A queda do dólar e da soja em Chicago tirou ainda mais o interesse do mercado.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 79
  • Cascavel (PR): R$ 72,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 81,50
  • Paranaguá (PR): R$ 79
  • Rio Grande (RS): R$ 80
  • São Francisco (SC): R$ 81,50
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Milho

O milho fechou com preços acentuadamente mais baixos em Chicago. O mercado foi pressionado por fatores técnicos e pela forte retração nos preços do petróleo, que supera os 4,7% em Nova York, mesmo com o indicativo de boa demanda para o cereal norte-americano.

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/2019 ficaram em 1,97 milhão de toneladas na semana encerrada em 13 de dezembro. Representa um forte incremento frente à semana passada e é 87% superior à média das últimas quatro semanas. O maior importador foi o México, com 1,3 milhão de toneladas. Para 2019/2020, foram mais 542,6 mil toneladas. Analistas esperavam entre 1,4 milhão a 2,1 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 426,8 mil toneladas de milho ao México. Do total, 373,4 mil toneladas serão entregues na temporada 2018/2019 e 53,4 mil toneladas na temporada 2019/2020.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,75 (-6,50 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,83 (-6,755 cents)

Brasil

 

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 39
  • Paraná: R$ 34
  • Campinas (SP): R$ 40
  • Mato Grosso: R$ 22
  • Porto de Santos (SP): R$ 39
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira um pouco mais movimentada com as altas na Bolsa de Nova York e em Londres, mas não houve grande volume movimentado, o que deve se manter até a virada do ano. Apesar dos ganhos externos, as cotações não mexeram no país, com o mercado internamente descolando-se das bolsas.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 335 a R$ 340
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 295 a R$ 300
  • Confira mais cotações

Nova York

O café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços mais altos. O mercado deu sequência à recuperação técnica, escorada pela desvalorização do dólar contra o real e outras moedas, e demonstrou que encontra bom suporte nesta linha de US$ 1 a libra-peso.

Depois de fechar ligeiramente abaixo deste nível na terça-feira, houve duas sessões de reação já.

Os fundamentos seguem baixistas, com ampla oferta global, em ano de safra recorde no Brasil, mas parece que abaixo de US$ 1 a libra-peso há um exagero e o mercado encontra sustentação, já estando precificado nestes níveis essa oferta abundante.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 102,50 (+1,65 cent)
  • Maio/2019: US¢ 105,65 (+1,65 cent)

Bolsa de Londres

Dia de preços mais altos para o café robusta negociado na bolsa inglesa. Segundo traders, o mercado teve alta pela quarta sessão seguida diante de fatores técnicos, seguindo a boa alta do arábica em NY.

A queda do dólar contra o real e outras moedas foi fator citado como de sustentação às compras e ao movimento positivo do café em Londres e NY.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.494 (+US$ 17)
  • Março/2019: US$ 1.524 (+US$ 17)

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,54%, cotado a R$ 3,8500 para a compra e a R$ 3,8520 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8350 e a máxima de R$ 3,8770.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou a semana em baixa de 0,47%, com 85.269 pontos.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 21

Sul

A chuva persiste em todo o Sul do país, pela influência de uma área de baixa pressão na costa gaúcha e mais os ventos em altitude. A chuva mais forte e persistente acontece no Rio Grande do Sul ao longo do dia, e as pancadas de chuva mais fortes e com potencial para temporais estão previstas para o norte de Santa Catarina e o Paraná.

São esperadas rajadas de vento de até 70 km/h em toda a região. O calor predomina entre Santa Catarina e Paraná, com temperaturas bastante elevadas. No Rio Grande do Sul, a persistência do tempo fechado mantém as temperaturas com pouca elevação.

Sudeste

Uma região de alta pressão alimenta as instabilidades em todo o estado de São Paulo, até o sul de Minas Gerais. Com isso são esperadas pancadas fortes e volumosas, com trovoadas e risco para queda de granizo.

Nas demais áreas da região, a chuva acontece por influência do calor e umidade, e somente a partir da tarde. Assim, o volume de água não será elevado, exceto no norte mineiro, onde o sol ainda predomina e o calor persiste. Rajadas de vento em São Paulo de até 70 km/h.

Centro-Oeste

A chuva ganha intensidade em toda a região. As pancadas são fortes nos três estados, por influência de ventos no alto da atmosfera. A chuva acontece a qualquer hora do dia entre a faixa oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As temperaturas pouco variam, e o calor predomina. Rajadas de vento em Mato Grosso do Sul de até 70 km/h.

Nordeste

Sol e tempo aberto entre a Bahia, extremo sul do Maranhão e Piauí, até Pernambuco. Nas demais áreas nordestinas, a umidade que vem do oceano favorece as pancadas de chuva a qualquer hora do dia, aumentando a nebulosidade.

A temperatura varia pouco em comparação com dias anteriores, e as máximas seguem elevadas. Risco de granizo entre Maranhão e Piauí.

Norte

A combinação de calor e umidade favorecem as pancadas de chuva a qualquer hora do dia. A chuva é mais fraca e pontual no leste do Tocantins, com períodos de sol na primeira metade do dia.