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Boi gordo: frigoríficos aproveitam poucos negócios para ofertar abaixo da referência

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: Governo do Maranhão

Pecuaristas e frigoríficos ainda estão sentindo o mercado em busca do melhor posicionamento tanto para compras como para vendas. De acordo com a Scot Consultoria, o que chamou atenção nesta quinta, dia 3, é que devido ao menor volume de negócios, muitos frigoríficos aproveitam para testar preços abaixo das referências, “na estratégia do se colar, colou”.

Nas regiões onde essa estratégia foi vista com maior intensidade, houve pressão de baixa nas cotações e, no levantamento de desta quinta foram registradas desvalorizações para a arroba do boi gordo em 11 praças pecuárias.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, a carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$ 10,29 por quilo, queda de 0,3% frente ao levantamento anterior. Embora o ajuste negativo seja pequeno, sinaliza a tentativa dos compradores de pressionar negativamente as cotações.

“Vale lembrar que sazonalmente em janeiro a venda da carne é menor em função da descapitalização e compromissos financeiros da população”, explica a Scot.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 139
  • Dourados (MS): R$ 141
  • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 136
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,95 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Paragominas (PA): R$ 137
  • Tocantins (sul): R$ 133
  • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira, dia 3, com preços mais altos. As preocupações com a safra brasileira garantiram mais uma sessão de ganhos.

O mercado também acompanha com atenção a questão envolvendo a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Por um lado, há otimismo de avanço nas negociações e novas compras chinesas. Mas a paralisação do governo americano traz pouca clareza nas informações sobre novas transações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos decidirá na sexta-feira se adiará uma série de importantes relatórios de safras cuja divulgação estava agendada para 11 de janeiro, disse o economista-chefe do USDA, Robert Johansson.

A paralisação, que entrou em seu 12º dia na quarta-feira, já levou o USDA a suspender os relatórios diários e semanais de vendas de exportação.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 9,12 (+5,75 cents)
  • Março/2019: US$ 9,25 (+6 cents)

Brasil

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais baixos nas principais praças do país nesta quinta. A movimentação seguiu escassa, em ritmo de feriado. A queda do dólar pesou sobre as cotações, mesmo com a reação de Chicago. Expectativa de que os negócios sejam retomados na próxima semana ou com o início da colheita.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 77
  • Cascavel (PR): R$ 71,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 79,50
  • Paranaguá (PR): R$ 77,50
  • Rio Grande (RS): R$ 80
  • São Francisco (SC): R$ 19,50
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos. O mercado buscou suporte em fatores técnicos, associados à desvalorização do dólar frente a outras moedas, como o euro. A valorização dos preços do petróleo também garante suporte. Além disso, a força da soja, impulsionada por possíveis compras da China e pelo clima adverso no Brasil, colaborou para os ganhos do milho.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,79 (+4 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,87 (+4 cents)

Brasil

Preços internos firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, a exceção é o Rio Grande do Sul, com o começo da colheita pressionando as cotações. Destacadamente, as cotações estão bem firmes em São Paulo, onde os valores vão se sustentando diante da oferta restrita.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 37
  • Paraná: R$ 35
  • Campinas (SP): R$ 42
  • Mato Grosso: R$ 27
  • Porto de Santos (SP): R$ 38,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços estáveis, com ritmo calmo nos negócios. Nesta quarta-feira, quando Nova York recuou, as cotações internas permaneceram inalteradas. Agora, em dia de alta boa na bolsa, os compradores mantiveram as bases e o mercado seguiu estável.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 330 a R$ 335
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Nova York

O arábica encerrou as operações com preços acentuadamente mais altos. Segundo traders, depois das perdas da primeira sessão de 2019 e de ter rompido a importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso, o mercado teve um pregão de recuperação. A reação técnica veio escorada na queda do dólar contra o real e outras moedas.

Os fundamentos seguem baixistas, com ampla oferta global. Mas parece que o mercado já precificou esse superávit na oferta e que abaixo de US$ 1 a libra-peso parece um “exagero”. Logo, o mercado encontra sustentação nessa linha.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 102,15 (+2,65 cents)
  • Maio/2019: US¢ 105,15 (2,50 cents)

Bolsa de Londres

O café robusta encerrou as operações da quinta-feira com preços mais altos. Segundo traders, o mercado acompanhou a valorização do arábica na Bolsa de Nova York, além da subida do petróleo.

A queda do dólar contra o real e outras moedas contribuiu para a sustentação do café em ambas as bolsas.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.556 (+US$ 26)
  • Março/2019: US$ 1.573 (+US$ 25)

Nova call to action

Dólar e Ibovespa

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, dia 3, segundo dia funcionamento da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, neste ano. A moeda norte-americana ficou em R$ 3,7542, uma variação negativa de 1,43%.

O Ibovespa, indicador de desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia com alta de 0,61%, totalizando 91.564 pontos, batendo novo recorde nominal do ano. O recorde anterior, de 91.012 pontos, foi registrado na quarta, dia 2.

Os papéis com melhor desempenho no pregão foram: Sabesp (alta de 7,71%), Eletrobras PNB (alta de 6,01%) e Eletrobras (alta de 5,98%).


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 24

Sul

Uma frente fria avança pela região. Combinada com os ventos em altitude, ela mantém a condição para pancadas de chuva sobre grande parte da região no decorrer da primeira sexta-feira de 2019.

Desde o norte do Rio Grande do Sul até o Paraná, há expectativa de chuva mais intensa, tempo fechado, com risco de temporais, trovoadas, rajadas de vento e transtornos. A velocidade dos ventos no interior da região pode passar de 60 km/h. Os acumulados de água no interior gaúcho podem chegar a 70 mm em apenas 24 horas.

Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul, o tempo firme volta a predominar conforme a frente fria se afasta do estado. Mas os ventos em altitude mantêm grande concentração de nebulosidade. As temperaturas declinam em toda a região, devido aos poucos períodos de sol ao longo do dia.

Sudeste

A chegada de uma frente fria ao litoral sul de São Paulo favorece fortes pancadas de chuva na região. O tempo fica fechado entre o interior paulista, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde são esperados volumes de água expressivos.

Apenas no norte mineiro, o tempo firme predomina, por influência de uma massa de ar seco que inibe a formação de nuvens de chuva. As temperaturas diminuem gradualmente entre São Paulo e sul de Minas Gerais, devido ao aumento de nebulosidade.

Já nas demais áreas o calor predomina. Os ventos ganham força na costa da região, e as rajadas podem passar de 60 km/h.

Centro-Oeste

Ainda são esperadas pancadas em grande parte do Centro-Oeste. A chuva será mais forte no sul de Mato Grosso do Sul, com risco de temporais e rajadas de vento de até 60 km/h. No nordeste de Goiás, a massa de ar seco predomina e inibe a formação de nuvens carregadas.

Nas demais áreas da região, a chuva acontece somente a partir da tarde, após um dia quente e abafado.

Nordeste

Dia de chuva persistente em toda a faixa norte e costa leste da região na primeira sexta-feira de 2019. Nas demais áreas do interior do Nordeste, o tempo segue firme e sem previsão de chuva significativa.

O dia começa abafado, porém será no período da tarde que o calor ganha força em toda a região, mesmo onde tem condição de chuva.

Norte

A chuva mais expressiva ocorre entre o norte do Pará e Amapá. Nas demais áreas do Norte, a chuva será em forma de pancada mais isolada.

O calor e tempo abafado predominam mais uma vez sobre a região. E o sol persiste na faixa leste do Tocantins.