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Boi gordo: vendas abaixo do normal pressionam preços, diz Safras

De acordo com a consultoria, as medidas de isolamento social estão limitando a demanda mesmo perto do Dia das Mães, quando o consumo costuma aumentar

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A arroba do boi gordo continua cotada a R$ 194 em São Paulo. Foto: Ministério da Agricultura

O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta quinta-feira, 7. Segundo o analista da consultoria Safras Fernando Henrique Iglesias, a primeira quinzena de maio vem sendo marcada por vendas muito abaixo do normal no atacado.

“O prolongamento do distanciamento social, com o fechamento de restaurantes, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos, continua afetando a demanda mesmo com a proximidade do Dia das Mães, um dos pontos altos de consumo de carne bovina de todos os anos”, diz.

Segundo ele, a retração econômica reduz o consumo de cortes nobres, direcionando a demanda para cortes mais acessíveis, a exemplo dos cortes do dianteiro e da carne de frango propriamente dita.

“Ao mesmo tempo, a oferta tende a começar a crescer com o desgaste das pastagens provocado pelo clima mais frio e seco, fator que reduz a capacidade de retenção por parte dos pecuaristas”, salienta.

Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 194 a arroba, estáveis. Em Uberaba (MG), subiram de R$ 183 por arroba para R$ 184 a arroba. Em Dourados (MS), ficaram em R$ 176 a arroba, inalterados. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 180 a arroba, estável. Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 172 a arroba, ante R$ 171 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Com vendas enfraquecidas, o que segue dando oferecendo alívio para os frigoríficos são as exportações para a China.

O corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.