Gado confinado em GO deve crescer entre 7% e 13% em 2015, diz Faeg

Consumo e a exportação de carne bovina aquém do esperado e um aumento pontual de oferta também pressionam os preços do boi em Mato Grosso do Sul e em Mato GrossoOs pecuaristas de Goiás pretendem aumentar o volume de gado confinado entre 7% e 13% este ano, em comparação com 2014. O crescimento porcentual de 2015 deve ficar estável ou até subir em relação a 2013, segundo dados da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Sistema Faeg), que não divulgou números absolutos de confinamento no Estado.

O aumento é explicado pelo avanço do ‘boitel’, espécie de hotel para bois de confinamento.

– No ano passado, essa modalidade já foi bastante presente. Neste ano, por conta do alto preço do boi magro, o confinador está se ajeitando para gerir seus custos. Então, usar uma estrutura terceirizada pode tornar o sistema de engorda menos oneroso –explicou o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Sistema Faeg), Maurício Negreiros Velloso, durante a ExpoZebu 2015, que ocorre em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Com relação ao valor do boi gordo, Velloso informou que em Goiás, principal Estado confinador de gado, a arroba é comercializada entre R$ 138 a R$ 140, à vista. Assim como ocorre nas principais praças pecuárias do País, o cenário é de oferta restrita, o que sustenta as cotações. No últimos dias, porém, como houve aumento de escalas dos frigoríficos e uma melhora na disponibilidade de animais, há uma pressão de baixa. O que foi considerado pontual para o presidente da comissão goiana.

Para Velloso, os preços devem continuar em níveis elevados.

– Considero esses valores uma correção da defasagem de preços históricos e não uma valorização de preços – destacou. Ele ressaltou que o setor precisa ficar atento aos fundamentos do mercado.

– Eles (fundamentos) não são bons. Os preços estão dependentes de oferta limitada. Seria bom se fosse pelo consumo aquecido – declarou. Ele defendeu uma ação de marketing mais efetiva de estímulo ao consumo da carne no País, assim como a JBS faz com os seus produtos.

Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

O consumo e a exportação de carne bovina aquém do esperado e um aumento pontual de oferta também pressionam os preços do boi em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso. Segundo o presidente da Câmara de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), José Ito, os preços da arroba no Estado está em R$ 145, à vista. “O mercado está em baixa, mas é passageiro. As cotações não vão cair muito mais, porque está faltando boi para o abate”, disse.

Já o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Neto Gouveia, informou que os preços no Estado estão entre R$ 138 e R$ 140 à vista. Segundo ele, o Estado pretende confinar 8% a mais do que o ano passado, para 800 mil animais.