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Oferta restrita do boi gordo pode durar até abril, diz Safras

Situação é explicada pela boa qualidade das pastagens, situação que permite a retenção de maneira mais efetiva por parte do pecuarista

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 24. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve algumas negociações acima da referência média. “Como de praxe, a oferta de animais terminados permanece restrita e é o grande elemento que justifica toda essa
movimentação ao longo da cadeia pecuária durante o primeiro trimestre”, assinala Iglesias.

Daqui até o final do mês, “aparentemente não haverá refresco”. Até mesmo as previsões iniciais relativas ao mês de  abril sinalizam para um mês de oferta bastante ajustada, considerando a boa qualidade das pastagens,
situação que permite a retenção de maneira mais efetiva por parte do pecuarista.

O contraponto segue na demanda de carne bovina, com medidas de distanciamento social vigorando em diversos estados, prejudicando o desempenho da economia neste momento. A tendência do consumo direcionado a proteínas mais acessíveis tende a se sustentar ao longo de todo o ano de 2021, “portanto a carne de frango seguirá com a predileção do brasileiro médio”.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315 – R$ 316, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, ante R$ 302 – R$ 303. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 – R$ 310 a arroba, inalterado.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, há menos espaço para reajustes no decorrer desta semana, em linha com um processo de reposição mais lento entre atacado e varejo. Somado a isso, precisa ser mencionada a situação macroeconômica problemática no decorrer de 2021, com o avanço da pandemia exigindo medidas mais drásticas de distanciamento social, ou seja, haverá lentidão na recuperação econômica. Nesse tipo de ambiente a tendência é que se sustente a predileção por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.