Pecuária

Câmera escondida mostra crueldade com frangos na Polônia

O filme mostra um funcionário executando animais doentes com as próprias mãos, desrespeitando qualquer política de bem-estar animal

Imagens de uma câmera escondida que mostra trabalhadores de uma granja matando frangos com crueldade gerou uma onda de revolta na Polônia nesta semana. O filme, divulgado pela organização de proteção animal Open Cages mostra um funcionário se gabando de matar os animais doentes “como Hitler fazia”.

Nas imagens, o homem pega os filhotes e bate com a cabeça deles até a morte em um trilho de metal, antes de jogar os corpos em baldes. Também é possível ver um grande número de animais mortos apodrecendo no chão da instalação que fica na cidade de Strzelce-Drezdenko. As informações partem do jornal Independent.

Os animais executados de maneira cruel eram, na maioria dos casos, doentes ou sem condições de desenvolvimento, como um frango cego e outro com três patas.

Políticas de bem-estar animal

Cada país tem as próprias leis que falam sobre o bem-estar animal, inclusiva na pecuária. No Brasil, além da Constituição Federal que veda qualquer prática de crueldade animal, existem normas específicas voltadas para o setor produtivo.

Neste ano, o Brasil recebeu o prêmio de bem-estar animal durante o Congresso Mundial de Veterinária realizado em Barcelona, na Espanha.Quem recebeu o prêmio foi o professor da Universidade de São Paulo (USP) Adroaldo José Zanella, referência internacional no estudo do bem-estar animal.

Sua pesquisa relacionada ao bem-estar animal ganhou repercussão internacional quando descobriu um marcador neurofisiológico associado ao comportamento repetitivo de suínos e demonstrou que a espécie sofre estresse em situações de isolamento social, ou quando submetida ao desmame precoce

Por meio de trabalhos como o de Zanella, que entidades internacionais criam protocolos para a realização de abates humanitários e que provoquem o menor sofrimento possível aos animais.

Essas diretrizes são usadas por blocos econômicos como a União Europeia e o Mercosul para justificativas para embargos a produtos de outras nações. Atitudes como as registradas na Polônia são repudiadas com frequência por países compradores.