Eletrônica dá o tom às máquinas agrícolas expostas na Expointer

Com mais recursos tecnológicos, novos equipamentos se adaptam às diferentes necessidades do produtorComputador de bordo, direção hidráulica, piloto automático. Poderia ser um carrão último tipo, mas são tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas. Nos próximos anos, a eletrônica embarcada chegará de vez ao campo. E aliada a outra tendência: a variação no tamanho das máquinas, para todos os tipos de propriedades.

É a conseqüência da expansão econômica e do apoio anunciado pelo governo federal à agricultura familiar ? há linha de financiamento para máquinas até 75 cavalos, com empréstimos de até R$ 100 mil e juros de 2% ao ano.

? Há mais conforto na operação, e as máquinas terão cada vez mais eletrônica embarcada, com o uso de ferramentas como o GPS. É um caminho sem volta a agricultura de precisão ? diz Carlos Trein, professor de mecanização agrícola da UFRGS.

Os fabricantes estão mais sensíveis à facilidade de operar as máquinas e à questão da segurança, acrescenta.

Exemplos de como a eletrônica pode ajudar no campo estão nos sensores em semeadoras, por exemplo, que controlam a perda de sementes. As pulverizadoras também ficam mais eficientes quando o operador controla, da cabine, a extensão das barras de pulverização, conta o professor. A aplicação de fertilizante pode ser diferenciada conforme a área, não apenas pela média, com mais facilidade. Paulo Kowalski, gerente de vendas da John Deere, diz que a diferença entre uma máquina dos anos 70 e de hoje é gritante, tanto na produtividade quanto em recursos. A empresa leva à Expointer modelos com inovações também voltados às médias propriedades, como a colheitadeira 9570 STS.

Eduardo Sousa Filho, gerente de marketing de produto da Massey Ferguson, também destaca a preocupação com o uso de biocombustíveis ? toda a linha é capaz de operar com 20% de biodiesel, bem além dos 3% exigidos em lei. O diretor de marketing da América do Sul da Valtra, Leandro Marsili, lembra que adicionar eletrônica aos implementos sempre resultou em aumento da produtividade e redução do esforço do operador.

? O computador pode controlar tudo: tração, consumo, velocidade ? afirma Marsili.