Preço do suíno sobe e vendas da carne para as festas de fim de ano recuam

Natal de 2012 apresentou grandes quedas em relações aos anos anterioresO volume de vendas de leitões para as festas de fim de ano teve queda neste ano em relação aos anos anteriores. A recuperação do preço do suíno vivo nos últimos meses é o principal fator para a queda da comercialização, de acordo com os especialistas.

No frigorífico Rabicó, de Itapetininga (SP), a capacidade total de abate é de 1.100 animais por dia. Em dias normais do ano, a média registrada é de 800 animais, mas o número chegou a cair pela metade no fim deste ano. De acordo com o proprietário Jorge Luiz Fernandes, as vendas tiveram uma leve recuperação no fim de ano, em torno de 20%, em relação aos outros meses, mas não chegam nem perto dos índices alcançados em anos anteriores.

–  De dois, três anos para cá, as vendas têm caído no Natal. Comparado com anos atrás, não foi um Natal bom. Geralmente triplicava a venda – apontou o empresário.

Os principais motivos para a crise do setor em 2012 foram o aumento dos insumos pagos pelos produtores e a mudança de comportamento dos compradores.

– Não é que o suíno esteja caro, é que o preço praticamente dobrou por causa da crise. O suíno era uma carne muito barata, o consumidor estranha – diz Fernandes.

Em algumas bancas do Mercado Municipal de São Paulo, o comércio recuou cerca de 20% devido ao aumento de preço do animal. Nesta época, os consumidores buscam carnes para churrasco, como contrafilé e alcatra.

– Neste ano, a leitoa chegou a um dos maiores preços que já tive. Ela foi comercializada a R$ 26,00, então isso faz com que o consumidor opte por outra carne. Saiu muita ave – aponta o comerciante Sílvio Oliveira.

Em 2010, o quilo do suíno era vendido a R$ 22,00 reais, e em 2011, a R$ 24,00. Segundo Oliveira, o custo do produto no frigorífico aumentou e precisou ser repassado ao cliente.

– O leitão foi pago em torno de R$ 4,00 a mais por quilo. Não tem jeito, tem que passar para o consumidor. Vêm aqueles aumentos de última hora e o consumidor às vezes não entende. Acha que o comerciante quer tirar vantagem – pontua Oliveira.

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