Produção de ração registra alta de 3,2% no 1º semestre

Sindirações indica aumento da demanda de aves e suínos para exportação como a principal razão para crescimento

Fonte: Divulgação/Canal Rural

Impulsionada pelo aumento da demanda externa pela carne de frango e suína, a produção de ração animal no Brasil registrou alta de 3,2% no primeiro semestre do ano, ante igual período do ano passado, para 33,3 milhões de toneladas, segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulgado nesta quinta, dia 1º de setembro.

Apesar do avanço no período, a avaliação é que a demanda deve arrefecer no segundo semestre, principalmente por causa da redução do ritmo de demanda das cadeias produtivas de aves e suínos, prejudicadas pelo alto custo dos insumos. 

De janeiro a junho deste ano, a produção de frangos de corte demandou 16,8 milhões de toneladas de ração, um avanço de 4,2%, na comparação anual. O segmento de galinhas de postura somou 2,6 milhões de toneladas e avançou 2%, em resposta às oportunidades de exportação e campanhas de incentivo ao consumo doméstico de ovos.

O avanço da exportação de carne suína potencializou os abates e culminou na produção de 7,9 milhões de toneladas (+6%) de ração para o setor. “Embora as Festas de fim de ano tendam a estimular o consumo de carne suína, o persistente alto custo da alimentação animal e a consistente redução do poder de compra do consumidor local podem inibir os abates e a oferta de carne suína”, afirma o Sindirações sobre as projeções para o segundo semestre, em nota.

O uso de ração para gado de corte foi de 1,18 milhão de tonelada, uma queda de 4,3%, na mesma base de comparação, em virtude das dificuldades na reposição de animais, com o alto preço do bezerro, segundo o sindicato. A pecuária leiteira reduziu o consumo de ração no semestre em 5,5%, para 2,4 milhões de toneladas. 

O levantamento do sindicato considera, ainda, o uso de rações para animais de companhia (cães e gatos) que somou 1,22 milhão de t (+2,4%); equinos 296 mil t (-1,1%); aquicultura 55 mil t (+4,9%) e outros 37 mil t (+,03%).