Em janeiro de 2014, os avicultores decidiram encerrar o fornecimento dos frangos. Em abril, sem nenhum valor recebido, os integrados pararam de fornecer o produto. A dívida afeta 90% dos integrados e ultrapassa os R$ 3 milhões.
– O setor avícola já vem de uma crise no Estado de São Paulo há alguns anos. Então, essa renda da integração dos frangos com a Rigor representava para eles quase a renda total dentro da atividade rural. Muitos já conseguiram há alguns anos acrescentar outras atividades, mas outros dependiam exclusivamente das aves – explica Luiz Antônio Fioroni, presidente do Sindicato Rural de Descalvado.
Até o início da década de 80, Descalvado foi considerada a capital brasileira do frango de corte. O município chegou a ter mais de 600 avicultores. Hoje, o número não passa de 200. Com o fechamento da unidade, a atividade fica ainda mais comprometida. A planta tem capacidade de abate de 160 mil aves por dia e produção de 25 mil toneladas por mês de ração.
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– Tem outras empresas que têm integração aqui com os avicultores, mas em torno de 70% a 80% dos avicultores vão ter que parar a atividade. A não ser que a Rigor seja incorporada por um abatedouro maior – completa Fioroni.
Essa não é a primeira vez que uma empresa do ramo vai à falência e deixa centenas de avicultores sem pagamento. Em 2010, a Rigor assumiu a Cooperfrango, que foi a falência em 2009. No entanto, muitos agropecuaristas não receberam um centavo da dívida.
O Canal Rural entrou em contato com os advogados da Rigor Alimentos e, segundo eles, o motivo do encerramento das atividades é a crise no setor avícola. Em nota, eles afirmam que os administradores da empresa estão empreendendo esforços para gerenciar a situação.
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