Pacote de medidas pode incluir volta de impostos federais sobre a gasolina Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Economia

Pacote de medidas pode incluir volta de impostos federais sobre a gasolina

O anúncio do pacote do Ministério da Fazenda está previsto para esta quinta (12) ou sexta-feira (13)

O sinal verde para a volta da cobrança dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol, a partir de março, é esperado pelo Ministério da Fazenda no primeiro pacote de medidas econômicas a ser divulgado pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha com essa medida para reforçar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas em 2023.

+ Governo retira Petrobras da lista de privatizações

A zeragem dos tributos federais (PIS/Cofins) e Cide sobre a gasolina foi prorrogada até 28 de fevereiro deste ano como um dos primeiros atos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo também prorrogou a desoneração do álcool etanol até essa data, que pode também acabar após esse período.

Já o fim da desoneração do diesel, gás de cozinha, biodiesel e GLP é considerado mais difícil, de acordo com técnicos do governo ouvidos pelo Estadão, porque atinge os mais pobres. Lula prorrogou a zeragem desses tributos até 31 de dezembro. No caso do diesel, também poderia despertar a insatisfação dos caminhoneiros — grupo que sempre apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O anúncio do pacote está previsto para esta quinta (12) ou sexta-feira (13). Em reunião com o primeiro escalão do ministério, Haddad deu mais tarefas aos seus secretários, razão pela qual não se espera um anúncio para esta quarta-feira. Após reunião com sua equipe, Haddad se reuniu com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Em seguida, apresentou os primeiros detalhes ao presidente Lula.

Ação sobre a gasolina para mostrar “empoderamento” do governo

diesel, gasolina, etanol, combustível, caminhão, posto
Foto: Gilson Teixeira/Secap

A espinha dorsal do pacote segue a mesma lógica das simulações que vazaram para a imprensa com foco no aumento de receitas. Lula orientou Haddad a apresentar as medidas ainda esta semana como medida de “empoderamento” para afastar a percepção de que haveria um atraso na agenda do governo após os atos do último domingo (8), que terminou com a depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia foi adotar o discurso da “normalidade”. Foi uma resposta aos alertas de analistas do mercado para o risco de a agenda ficar suspensa. O mercado teme ainda que Haddad possa ter mais dificuldade em adotar medidas impopulares depois dos atos criminosos, como a reoneração da gasolina.

Daí a importância para a equipe de Haddad em mostrar força com a sinalização do fim do subsídio para a gasolina, que beneficia a classe média, tem custo muito elevado e estimula o combustível fóssil, na contramão das promessas ambientais do novo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

_____________

Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Clique aqui e siga o Canal Rural no Google News.

Sair da versão mobile