Projeto de reforma da Previdência agrada ao setor, diz Tereza Cristina Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agronegócio

Projeto de reforma da Previdência agrada ao setor, diz Tereza Cristina

A proposta de mudança presentada pelo presidente da República, nesta quarta, prevê idade mínima para aposentadoria rural de 60 anos para homens e mulheres

Tereza Cristina, ministra da Agricultura
Foto: Alan Santos/PR

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira, dia 20, que o projeto de reforma da Previdência agrada ao setor, de forma geral. “Não li os detalhes, mas, grosso modo, acho que está razoável para o agronegócio.”

Ela evitou tecer críticas ao fato de a idade da aposentadoria ser a mesma para homens e mulheres na aposentadoria rural, de 60 anos, mesmo já tendo defendido que houvesse alguma diferença entre os dois. “Eu trabalhei tanto hoje que não li ainda o texto, vou ler agora à noite”, disse Tereza. “Acho que está bom, não acho ruim não. Está de bom tamanho.”

Sobre a contribuição previdenciária do agricultor familiar de R$ 600 por ano, ela também se mostrou favorável. “Acho muito razoável e justo. R$ 600 por ano eu acho que todo agricultor familiar pode contribuir para um benefício que ele sabe que vai ter na sua velhice.”

A ministra disse ainda que pretende ajudar o governo a aprovar o projeto. “Não é ajudar o governo, é ajudar o futuro do Brasil porque estamos fazendo uma medida que não é simpática a ninguém, ninguém gostaria de fazer uma reforma da Previdência, mas ela é para o futuro, para que todos possam ter a sua aposentadoria, para que o Brasil possa voltar a ter investimentos.”

A ministra afirmou ainda que está discutindo o Plano Safra 2019/2020 e um aumento no volume de recursos para subvenção do seguro rural. “O governo tem 60 dias. Nós estamos discutindo esse assunto, mas é um assunto prioritário para essa gestão do ministério (mais recursos para seguro). Ainda estamos construindo com a  equipe econômica.”

Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento à nação, em cadeia de rádio e televisão, na noite desta quarta, defendendo a proposta de reforma da Previdência entregue pelo governo federal ao Congresso. No pronunciamento, Bolsonaro afirmou que a reforma é necessária para garantir que todos recebam seus benefícios em dia “hoje e sempre”.

“Precisamos garantir que, hoje e sempre, todos receberão seus benefícios em dia e o governo tenha recursos para ampliar investimentos na melhoria de vida da população e na geração de empregos. A nova Previdência será justa e para todos. Sem privilégios”, disse o presidente.


O presidente também afirmou que a reforma não excluirá ninguém. “Ricos e pobres, servidores públicos, políticos ou trabalhadores privados, todos seguirão as mesmas regras de idade e tempo de contribuição. […] Respeitaremos as diferenças, mas não excluiremos ninguém. E com justiça: quem ganha mais, contribuirá com mais, quem ganha menos, contribuirá com menos ainda”, completou. Ele também acrescentou que o regime de previdência dos militares também será reformado. A reforma dos militares, no entanto, ainda será entregue ao Congresso.

Reforma

O texto propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com contribuição mínima de 20 anos. Atualmente, aposentadoria por idade é 60 anos para mulheres e 65 anos para os homens, com contribuição mínima de 15 anos.

A idade mínima para a aposentadoria poderá subir em 2024 e depois disso, a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida dos brasileiros. Nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição.

No plenário, a aprovação do texto depende de dois turnos de votação com, no mínimo, três quintos dos deputados (308 votos) de votos favoráveis. Em seguida, a proposta vai para o Senado cuja tramitação também envolve discussão e votações em comissões para depois ir a plenário

Sair da versão mobile