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Boi: volume de negócios é menor com preços em patamar elevado

Com os preços elevados, os frigoríficos não conseguiram avançar suas escalas de abate de modo satisfatório, diz analista da Safras

Boi nelore atrás de cerca
Foto: Pixabay

O mercado físico de boi gordo encerrou a semana com preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado,
Fernando Henrique Iglesias, o volume de negócios foi menor nesta sexta-feira, 19. Mas, com os preços elevados, os frigoríficos não conseguiram avançar suas escalas de abate de modo satisfatório, com uma ou outra exceção.

“No geral, a oferta de animais terminados permanece restrita, sem grande expectativa de avanços no curto prazo”, assinala Iglesias.

A oferta de animais de pasto é insuficiente e não atende com plenitude os frigoríficos que demandam animais padrão China. normalmente a terminação desse tipo de animal é feita em confinamentos. O contraponto permanece na
situação da demanda doméstica, com as medidas de distanciamento social colocando em xeque o processo de retomada da atividade econômica. “As restrições mais severas em relação a restaurantes, bares e outros
estabelecimentos prejudica a demanda por cortes nobres”, disse o analista.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 303. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 300. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 304.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, há grande questionamento em relação ao consumo doméstico, uma vez que a pandemia não dá trégua, exigindo medidas cada vez mais severas
de distanciamento social. “Nesse tipo de ambiente a recuperação do nível de emprego e da renda ocorrerá de maneira lenta, mantendo a predileção da maior parte da população sobre a carne de frango. Somado a isso o
funcionamento de bares, restaurantes e de outros estabelecimentos é restrito nesse momento, afetando a demanda pelas linhas premium dos frigoríficos”, aponta Iglesias.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.