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Leite: CNA solicita apoio do Ministério da Agricultura para conter alta dos custos

Entidade pede medidas que possam baratear o custo da ração concentrada, um dos itens que mais pesam no bolso do produtor de leite

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil protocolou nesta sexta-feira, 6, um ofício junto Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), onde solicita à ministra Tereza Cristina medidas para conter a alta dos custos na pecuária leiteira. No documento, a entidade ressalta que a maior preocupação é com o valor da ração concentrada, que representa, em média, 40% dos desembolsos do produtor de leite.

No documento, a CNA ainda destaca a alta nos preços dos dois principais insumos que compõem a ração, o milho e o farelo de soja, apresentaram aumentos de 75,2% e 96,6% apenas em outubro na comparação com mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Cepea e do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

“Nesse contexto, há forte tendência de pequenos e médios produtores venderem seus animais para o abate devido aos altos preços da arroba ou mesmo saírem da atividade, o que ocasionará problemas sociais no campo e menor oferta de leite para o próximo ano”, diz o ofício, que é assinado pelo presidente da CNA João Martins.

Como sugestão para conter a alta nos custos da atividade, a CNA pede auxílio do Mapa em ações que subsidiem a compra, com preços mais acessíveis, dos insumos que compõem a ração concentrada. “Sugerimos a realizações de leilões da Conab, a subvenção ao prêmio pago na aquisição de contratos de opção privada de compra de grãos pelos produtores de leite e cooperativas e a melhoria do Programa de Vendas em Balcão da Conab, dentre outras iniciativas que possam atingir tal objetivo”, destaca o ofício.

Dados do Cepea inseridos no documento mostram que a margem bruta da atividade foi 29,5% menor no primeiro semestre desse ano em comparação com o primeiro semestre de 2019, o que refletiu em queda de 11,7% na produção de leite no mesmo período, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro fato que preocupa a bovinocultura de leite é a projeção dos Conselhos Paritários de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleites), que apontaram tendência de redução de 4,8% no valor do leite produzido em outubro, a ser pago em novembro, e a perspectiva é que essa queda continue até o final do ano.

Leia abaixo a íntegra do ofício da CNA enviado ao Mapa:

 

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