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Alexandre Garcia: Bolsonaro já escolheu Kassio Nunes para o STF

Comentarista antecipa em primeira mão decisão do presidente e fala do perfil do homem que pode ser o novo ministro do Supremo

“Na noite desta quarta-feira, 30, o presidente Jair Bolsonaro tomou uma decisão para a substituição de Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele escolheu para o cargo o piauiense Kassio Nunes, que tem 48 anos e é desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região”, disse em primeira mão o comentarista Alexandre Garcia.

Segundo ele, Kassio Nunes tem a fama de ser “muito produtivo, de resolver as coisas logo, de não ficar perdendo tempo lendo voto assim por duas horas”.

Segundo Garcia, Bolsonaro fez uma boa escolha e agiu de forma técnica, e não política. “A lição que o presidente mostra é que ele não considerou o Supremo uma hospedaria de alguém da confiança do seu círculo mais fechado de amizade. E foi buscar lá no Tribunal Regional Federal da 1ª região e não dentro de seu gabinete ou de seu ministério. Ele consultou ministros do Supremo para ver se seria bem recebido e auscultou o Senado da mesma forma, inclusive senadores de esquerda que sabem que Kassio foi nomeado por Dilma, em 2011, da lista fornecida pela OAB [Ordem Brasileira dos Advogados], muito bem recebido o nome no Senado”.

Segundo ele, Bolsonaro mostrou como funciona a independência de poderes e que quer uma harmonia em Brasília. “Ele (Kassio) tem muita experiência como  advogado e juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí e desembargador por nove anos. Já tem cursos de direito na Espanha, Portugal e na Itália, além de ser um especialista em direito tributário”, disse sobre o escolhido.

Agora, caso o nome seja oficializado, o Senado precisa aprovar com 41 votos, ou seja, maioria absoluta. “O presidente o nomeia, mas ele está sendo muito bem recebido no Senado, como foi bem recebido no Supremo. E o agro com isso? Mostra que há uma pacificação em curso, ou seja, um ato de boa vontade, de respeitar os outros poderes, e diz respeito à autonomia e à independência dos outros poderes. É um bom passo no momento em que o presidente da Câmara e o ministro da Economia estão de picuinha, enquanto deveriam trabalhar para o povo brasileiro”, finalizou.