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Brasil vai pedir à OIE que Rio Grande do Sul vire zona livre de aftosa sem vacinação

Nesta semana, o estado passou por uma auditoria para checar se as demandas feitas em janeiro foram atendidas

O diretor do departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Moraes, confirmou em primeira mão ao Canal Rural que vai pedir o reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Nesta semana, o estado passou por uma auditoria para checar se as demandas feitas em janeiro foram atendidas. Na quinta, 6, a superintendente do ministério no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri, adiantou que 77% das solicitações foram cumpridas.

Além do Rio Grande do Sul, o governo pedirá a certificação do status sanitário para o estado do Paraná e também para as regiões que integram o bloco um do plano estratégico de erradicação da doença. Fazem parte deste bloco os estados de Rondônia, Acre e cidades do sul do Amazonas e noroeste do Mato Grosso.

“O calendário da OIE estabelece a data limite para envio de dossiês o próximo dia 14. Estamos preparando já, bem encaminhado, o dossiê do Paraná e Rio Grande do Sul”, disse Geraldo Moraes.

Segundo ele, a documentação está na fase final de ajustes “Na segunda feira vamos conversar com Acre, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. Tem também a conversa com o RIo Grande do Sul, que é para acompanhar o debate interno da Farsul em relação ao pleito do estado”, completou.

Na terça, o ministério fará uma reunião com a equipe gestora nacional, quando deve ocorrer um reconhecimento nacional das áreas, que serão assim colocadas para a avaliação internacional da OIE.

Uma boa notícia

Para o professor da Universidade de São Paulo, Celso Grisi, a expansão do status vai facilitar a vida do pecuarista dessas regiões. “É uma grande notícia  saber que a zona livre de aftosa vai crescer no Brasil. Até então estávamos com o estado de Santa Catarina como livre, e vamos evoluir para o Rio Grande do Sul, somando-se nesse mapa das outras localidades que estão pleiteando o status”, disse.

Segundo ele, isso gerará uma grande vantagem e economia no bolso do pecuarista. “Poupa os esforços que todo pecuarista tem de fazer essa vacinação de forma correta, com todos os cuidados para não produzir o abcesso na carne, parte que no momento do abate tem que ser descartada, afinal, danifica a carcaça. É uma vantagem grande em termo de custo, horas de trabalho e poupar o gado pelo estresse que ele passa na hora da vacinação”, concluiu.