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Vale a pena tomar crédito rural neste momento? Economista dá dicas

Antônio da Luz comenta se os recursos oficiais do Plano Safra ainda compensam e fala a tendência para as taxas de juros de custeio

Os bancos privados respondem por 32% das transações de crédito rural, aponta relatório do Banco Central. A expectativa é que o volume de negócios chegue a R$ 13,7 bilhões até o fim de 2020, com juros variando de 3% a 10,5% ao ano.

Com essa facilidade, instituições financeiras de outros países também estão aproveitando o nicho aberto no Brasil e ofertam recursos em euro, convertidos em real, seguindo a política de juros do mercado europeu, que vai de 4,5% a 7%.

“Temos um plano safra vigente com juros controlados a 8% para produtores regulares, mas encontramos oportunidades de recursos livres muito abaixo. Então vale a pena pegar pré-custeio a 8% sabendo que temos oportunidades de custeio a juros mais baixos?”, questiona o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.

Porém, apesar da maior oferta de crédito para pré-custeio, o especialista defende que o produtor rural precisa ficar atento. “Por que será que há tanta intenção de promover o pré-custeio agora? Será que não é porque a tendência é que tenhamos juros mais baixos para o custeio? Ou seja, será que os agentes financeiros estão correndo para emprestar pré-custeio porque lá os juros serão mais baixos que agora?!”, pontua.

Da Luz afirma que pegar recursos neste momento e comprar insumos pode ser uma ótima oportunidade, porque as relações de troca estão favoráveis. “Se fizer isso com recursos de terceiros, financiamento bancário, tem uma imensa possibilidade de pagar juros mais elevados do que se esperar até junho”, diz.