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Geração distribuída: projeto de lei pode ser uma saída para a crise hídrica?

O presidente do conselho da Associação Brasileira de Geração distribuída, diz que o PL 5829 é fundamental para o setor elétrico no Brasil

A crise hídrica é algo que preocupa diversos setores da economia. Um dos mais afetados é o setor elétrico. Além de todas as medidas emergenciais, representantes da área alertam para um debate sobre políticas públicas e investimentos privados no setor de energia, que apontem para um futuro seguro e sustentável

Nesse sentido, a Câmara dos Deputados, tem um projeto pronto para ir à plenário. O PL 5829 de 2019, apresenta uma proposta de marco legal para a microgeração e a minigeração distribuída de energia.

Segundo Guilherme de Lucena Chrispim, presidente do conselho da Associação Brasileira de Geração Distribuída, o PL é fundamental para o setor de energia. Ele diz não entender o porquê da demora para iniciar a votação do projeto. “A discussão sobre o projeto foi formulada há dois anos pelos principais agentes do setor elétrico, portanto, houve um debate amplo para formulação da proposta. Este projeto é fundamental neste momento de crise hídrica e pode ajudar muito o país em diversas perspectivas”.

Ainda de acordo com Chrispim, o crescimento do Brasil também pode ser impactado, caso o país enfrente problemas com distribuição de energia. “Mesmo com mesmo com projeções favoráveis para o PIB, com alta de até 5%, começamos a esbarrar nesse problema de energia que pode impactar o crescimento do país. A história se repete e estamos correndo risco de viver o que aconteceu em 2001, quando fomos obrigados a fazer um racionamento”. relembra.

Um problema na oferta de água que pode esbarrar na agricultura, segundo Guilherme de Lucena Chrispim. “Quando você tem crise hídrica, é preciso escolher para onde vai direcionar o fluxo de água, se será destinado para a questão energética ou se será utilizado para irrigação. por exemplo. Começa a ter um conflito que até então não existia”, complementa.