Parte da Bahia não vê chuva significativa há 45 dias. No oeste do estado, algumas lavouras de soja completaram um mês sem umidade. Mas, agora, a meteorologia tem boas notícias para esses produtores: a chuva retorna ao território baiano e também a outras áreas do Matopiba — região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — a partir desta sexta-feira, 2.
Segundo a previsão do tempo, o período chuvoso deve durar de 10 a 15 dias. Os volumes vão variar de 30 a 70 milímetros, e servirão para ao menos estancar as perdas provocadas pela falta de umidade.
Nesta quinta-feira, 1º, a chuva já começa a ganhar força no norte da Bahia, sul do Maranhão e do Piauí. Uma frente fria no sul da Bahia organiza precipitação com trovoadas e rajadas de vento nessa área. Por outro lado, as chuvas são mais isoladas na costa leste do Nordeste, vêm após uma tarde de calor e atingem uma ou outra cidade.
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Na sexta-feira, 2, destaque para a chuva forte no sul e no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e do Piauí.
Onde está a chuva que o La Niña deveria trazer?
Produtores do Nordeste podem estranhar a chuva abaixo da média em diversas áreas em ano de La Niña, que costuma reforçar as instabilidades na região. Acontece que o oceano Atlântico também tem influência sobre o regime de precipitações, e ele não tem colaborado.
As águas do Atlântico não estavam tão aquecidas a ponto de reforçar a chuva, e apenas Maranhão teve volumes mais elevados associados à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Na parte sul do Maranhão, onde se planta milho segunda safra, os produtores estão encontrando dificuldades com a irregularidade na distribuição das pancadas de chuva.
