O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (17) uma medida provisória para ampliar em até 200 mil toneladas os estoques públicos de milho que serão vendidos aos produtores.
A compra será realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e o produto, disponibilizado para os produtores por meio do Programa de Venda em Balcão (ProVB). O texto que autoriza a operação da Conab terá validade imediata, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
O anúncio foi feito em um vídeo postado nas redes sociais do governo, em que Bolsonaro aparece ao lado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “É o milho balcão tão esperado pelos pequenos produtores, principalmente do Nordeste. No ano passado, nós mandamos muito milho também para o Rio Grande do Sul, quando houve aquela seca. É o pequeno produtor que terá acesso a um, dois, dez sacos de milho, que ele não pode comprar dos grandes produtores”, destacou a ministra.
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Para o comentarista do Canal Rural Glauber Silveira, a medida é necessária, especialmente neste momento de escassez do cereal no mercado interno. “É importante para manter o trabalho dos pequenos produtores, dos granjeiros”, diz.
Silveira, no entanto, questiona o custo da operação. “Antigamente, a Conab mantinha um estoque de milho. Quando chegava um momento como o qual estamos passando, a Conab atuava. Agora é diferente. A Conab vai ter que comprar o milho no mercado, com um preço alto, e repassar”, afirma.
A Conab, segundo o comentarista, justifica a medida afirmando que atualmente a companhia faz “um papel de inteligência”. “Eu questiono esse papel inteligência [da Conab]. Se ela fosse tão inteligente assim, ela teria se antecipado e feito um estoque antes. Não estou criticando a medida, mas se tivesse feito antes, a Conab teria economizado”, concluí.
