Bebida oficial da virada, espumante registrou queda em 2016

No Rio Grande do Sul, sindicato lamenta safra ruim e queda nas vendas, mas projeta 2017 com retomada do consumo

Fonte: Espumante

O mercado de espumantes, que vinha crescendo nos últimos anos, registrou uma queda de 12% em 2016 em relação ao ano anterior. Este era o saldo negativo até outubro, segundo o Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho), que, apesar dos números, se manteve otimista para as festas de final de ano, que são responsáveis por 40% do consumo anual.

Segundo o diretor-executivo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Alexandra Angonezi, a concentração do produto no final do ano já foi maior e, aos poucos, o brasileiro passou a consumir a espumante também em outras épocas. “O que era um produto focado nas festividades de final de ano, atualmente ele está bem mais distribuído no decorrer do ano, como em eventos, casamentos, formaturas e happy hour entre amigos, onde o espumante é sempre uma boa pedida”, disse.

A vinícola Garibaldi contrariou a média nacional e registrou crescimento na venda do produto. Na visão de Angonezi, a bebida está conquistando cada vez mais o público jovem. “Esse ano a gente está com um crescimento em torno de 15% em relação ao ano passado nos espumantes, apesar de termos tido uma safra bastante ruim, pequena e com quebra.”

Para as vinícolas menores, o fim de ano foi aguardado com expectativa. A procura por espumantes aumenta bastante e garante um mercado mais aquecido. “As pessoas que bebem regularmente, bebem mais no final do ano e as que nunca bebem, lembram que no final do ano tem que brindar com espumante”, falou Geraldo Pedrucci, presidente do Sindivinho.

O setor já olha para 2017 com muito otimismo, frente a uma safra que promete ser boa. “A expectativa é muito boa para uma safra normal, de grande qualidade, onde as vinícolas poderão elaborar espumantes, vinhos, sucos de ótima qualidade para servir os consumidores brasileiros”, disse Pedrucci.