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Benedito Rosa: Leite e vinho foram usados como moeda de troca em acordo

Comentarista fala sobre impactos do tratado entre Mercosul e União Europeia nestas importantes cadeias produtivas

Foto: Pixabay

O setor do agronegócio ainda está absorvendo todas as mudanças que podem ocorrer com a validação pelos parlamentos do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Se por um lado muitos setores podem ser beneficiados, outros, como os produtores de leite e vinho, não gostaram muito do que foi anunciado até agora.

Para o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa, esses produtos são de fundamental importância para os produtores europeus e acabaram sendo usados como moeda de troca no acordo entre os blocos.  “A Europa é um parceiro comercial na área de lácteos, por exemplo, que nenhum país quer, pois eles subsidiam pesadamente o leite. Não há como competir com esse setor e essa indústria”, contou.

Segundo Benedito, as medidas anunciadas pelo governo para esses setores são paliativas, pois não devem reverter o quadro e não aumentarão a competitividade. “Depende de uma série de fatores em torno do chamado custo Brasil”.

Apesar disso, o acordo vai ser muito bom para setores como álcool, açúcar, etanol, arroz, carne bovina, carne de ave e mel, segundo o comentarista. “Também foi ótimo para o Brasil na parte da indústria, pois vai “empurrar” uma maior integração nos circuitos mundiais de produção que envolve a utilização de tecnologias de ponta e na própria renovação do parque industrial brasileiro, o que está precisando”.

 

Vinho

No caso do vinho, Benedito destaca que cada garrafa nacional é composta por 55% de impostos, o que torna praticamente impossível de competir com vizinhos como Chile e Argentina, e ainda mais com os europeus, que possuem maior carga de subsídios.

“Com relação aos lácteos, é pior. Não há como competir com os europeus e eles ganharam o mercado brasileiro de lácteos e, de quebra, sobrou para a nossa indústria”, comentou.

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