Agronegócio

Biodefensivos auxiliam produtores rurais na Bahia

O controle biológico feito pelos biodefensivos acaba contribuindo também para aumentar a eficiência do controle químico

Os biodefensivos têm conquistado as lavouras de diversas culturas por conta de sua boa produtividade com um custo mais baixo.

No ranking de custo benefício, os biodefensivos lideram entre os mais rentáveis, seguido dos biofertilizantes e bioestimulantes. Além disso, outra vantagem é o seu amplo espectro de ação. O mesmo agente pode atuar em diversos tipos de patógenos.

De acordo com Fabio Perina fitopatologista da Embrapa Algodão, o controle biológico por parte dos biodefensivos acaba contribuindo também para aumentar a eficiência do controle químico.

“Um mesmo biológico pode ter cinco ou até mais mecanismos de combater aquele patógeno, comparado ao químico. Geralmente o químico tem um mecanismo mais específico e isso resulta em dizer que vamos ter pequena ou nula chance de aparecer patógeno resistente a esses agentes de controle biológico”, ressalta Perina.

Regularização dos biodefensivos

Em dezembro de 2022, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta o cultivo, comercialização e o uso de bioinsumos fabricados nas propriedades, chamado de produção on farm.

Uma das vantagens é economizar a despesa de transporte, já que o produto imediatamente fica disponível no local.

Versátil

A equipe da Fundação Bahia realiza testes periodicamente para aprimorar a eficiência e avaliar os resultados em campo.

De acordo com os pesquisadores, a maior vantagem observada na ação desses biodefensivos é a sua versatilidade. Os produtos podem atuar através de diversos mecanismos no manejo do solo, no controle de pragas e doenças e muitos outros aspectos.

Nas lavouras da Bahia, sua principal função está relacionada ao controle dos nematóides.

Iolanda Alves engenheira agrônoma observou que os biológicos vem conseguindo diminuir a quantidade de nematóides presentes nas áreas produtoras.

“Nós recebemos amostras de áreas que tem o problema com os nematoides. Os produtores querem saber quais são as espécies para poder estar posicionando esses biológicos para reduzir essa densidade e aumentar a produtividade de suas áreas através desses produtos.”