Clima seco deixa uvas mais doces no Paraná

Mercado de uvas finas está aquecido com as festas de fim de anoA safra de verão foi beneficiada pelo clima seco, que deixou as frutas mais doces. Mas os produtores ainda enfrentam um grande problema: a falta de mão de obra.

O município é Marialva, no noroeste do estado, tem quase 40 mil habitantes, e boa parte deles vive da uva. Com 600 hectares plantados e produção anual próxima a 7,2 mil toneladas colhidas em duas safras, a cidade é considerada a capital da uva fina. O que sai dos parreirais de Marialva representa pelo menos 60% do que o Paraná produz.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Marialva, Lindalvo José Teixeira, a safrinha passada, de março a junho, perdeu muito por causa da geada. Mas a safra principal, que começou em novembro e vai até janeiro, foi beneficiada pelo tempo seco. Elas estão mais doces, diz ele. 

Segundo o produtor, o grau brix da uva que ele está colhendo chega a 18. A média é 14, para ser considerada uma uva boa. O grau brix mede a quantidade de açúcar, ou pode-se dizer, o nível de doçura da fruta.

Falta mão de obra

Mas, mesmo com a boa produção da safra, os produtores estão preocupados com a falta de mão de obra. Uma característica da região é que a maioria das propriedades é da agricultura familiar, são pequenas, com menos de 1 hectare, facilmente manejados pelas famílias ao longo do ano. Mas na safra é preciso contratar mais gente, já que cada cacho das uvas finas, que vão para a mesa do consumidor, precisam ser colhidos com cuidado.