Conheça as vantagens de produzir morango em bancadas Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Rural Notícias

Conheça as vantagens de produzir morango em bancadas

Menos mão de obra, mudas protegidas contra chuva e produtividade maior levaram família a trocar suinocultura pela atividade

morango
Foto: Pixabay

A família da agricultora Janaína Franz trocou a criação de suínos pelo cultivo de morango em estufa. Em dois meses, as 4,5 mil mudas já deram 300 quilos da fruta. “Visitamos diversas propriedades que cultivam morango e verificamos a questão de investimento, rentabilidade e espaço necessário. A questão que mais pesou foi a mão de obra menor”, relembra.

O cultivo não usa agroquímicos e é feito por fertirrigação, que leva nutrientes às plantas através da água. Engenheira agrônoma da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS), Andréia Tonin explica que quem quiser adotar esse sistema precisa avaliar quantidade e qualidade de recurso hídrico disponível na propriedade. “O morango exige em torno de mil litros por metro quadrado de cultivo”, exemplifica.

Outra questão, segundo a agrônoma, é a necessidade de pessoas dedicadas e qualificadas para o trabalho. “Precisa de manejo de limpeza, aplicação de produtos biológicos e colheita. Aqui, todo dia eles colhem para pegar o ponto exato do morango”, diz.

Vantajoso para pequenos produtores e agricultores em áreas urbana

A principal vantagem do cultivo em bancadas é o menor aparecimento de doenças. As mudas ficam protegidas da chuva pela lona, e o fato de não estar em contato direto com o solo diminui a possibilidade de contaminação e excesso de umidade. Esse sistema rende até 20 toneladas a mais por hectare ao ano em comparação ao solo, podendo gerar em média 50 toneladas.

“O investimento é um pouquinho mais alto, mas o retorno é bem melhor no nosso caso. No chão é bem mais trabalhoso e bem mais judiado”, defende Janaína.

De acordo com a Emater, 60% do cultivo de morango no Rio Grande do Sul está em bancadas. Na principal região produtora do estado, o número de agricultores que se dedicam à atividade cresceu 38%.

Em regiões até então sem tradição na fruticultura, como é o caso de Lajeado, a fruta ganha cada vez mais espaço. “Existe essa procura em função da urbanização. Nesta área, é proibido o uso de agrotóxicos e a questão do cheiro de dejetos de animais, então esses produtores tem que achar alternativas que não conflitem”, finaliza Andréia.

Sair da versão mobile