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Copom eleva taxa Selic pela 6ª vez consecutiva, para 7,75% ao ano

Segundo economista, aumento da taxa de juros freia o crescimento da economia e encarece valor do dinheiro para o crédito rural

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1,50 ponto percentual (pp), a 7,75% ao ano. O índice foi acima do projetado na última reunião do Copom, realizada em setembro, mas ficou dentro das previsões de especialistas. O comitê sinalizou que a Selic deve subir 1,50 pp em dezembro. A decisão foi unânime. Esta foi a sexta alta consecutiva da taxa básica de juros neste ano.

Em entrevista ao Rural Notícias, o economista e advogado Alessandro Azzoni, criticou a decisão, disse que a taxa de juros do país pode fechar o ano em 8,5%.

“Essa política de aumentar juros geralmente deve ser usada quando sem uma inflação pelo lado da demanda, com a população comprando demais. No entanto, o que temos no momento é uma demanda reprimida, desemprego em alta, e aumentar juros freia ainda mais o aquecimento da economia,  pois o dinheiro fica mais caro, principalmente no agro, com o refinanciamento do crédito rural”, afirma.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, diz a nota do Copom.

Para o Copom, “diante da deterioração no balanço de riscos e do aumento de suas projeções, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance ainda mais no território contracionista”.