Crise na Fundação de Pesquisa Agropecuária do RS é tema de audiência pública

Fundação é pública e há 21 anos é uma das principais fontes de informação e desenvolvimento do agronegócio gaúchoA crise na Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), o principal órgão de pesquisa agropecuária do Rio Grande do Sul, foi tema de audiência pública nesta quinta-feira, 30, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Os estudos da instituição estão ameaçados por causa da crise financeira no estado.

A continuidade de projetos e pesquisas agropecuárias, a modernização de equipamentos e a falta de recursos, além de profissionais são hoje os principais entraves para a continuidade do trabalho da Fundação. A atual crise financeira no estado gaúcho prejudica o andamento das pesquisas.

– Enquanto o orçamento da Fepagro gira em torno de R$ 30 milhões, segundo os dados do ano passado, a empresa de pesquisa de Minas Gerais (Epamig) gira em torno de R$ 80 milhões e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) gira em torno de R$ 90 milhões. Então, a gente precisa que o estado invista para darmos mais retorno para a sociedade – pondera o presidente da Associação dos Servidores de Pesquisa Agropecuária, Samuel Alvarenga.

As reivindicações serão encaminhadas à Secretaria de Agricultura e Pecuária do estado e à Secretaria de Desenvolvimento Rural. Os parlamentares também se comprometeram a colocar na pauta do orçamento de 2016 um aumento de recursos para as duas secretarias estaduais ligadas à agropecuária.

A Fepagro é uma fundação pública e há 21 anos é uma das principais fontes de informação e desenvolvimento do agronegócio gaúcho.

– A pesquisa está focada na redução de custo de produção, na melhoria da qualidade da produção. Está focada também na produtividade, na conservação do ambiente que está atrelada a produção e principalmente, em desenvolver economicamente todos os envolvidos. Seja o produtor pequeno, o médio ou de grande porte. Esse é o papel da pesquisa e esse é o papel da Fepagro aqui no Rio Grande do Sul – destaca o diretor técnico da Fepagro, Carlos Alberto Oliveira.