Diversos

Faesp: Podemos reverter alguns pontos do projeto que aumenta impostos no agro

O vice-presidente da entidade, Tirso Meirelles, diz que vem mantendo negociações com o governo para uma solução sobre a alta de tarifas

A taxação do agro será uma pauta muito recorrente no próximo aqui. O tema deve repercutir em São Paulo, onde a retirada da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os produtos da cesta básica e dos insumos do agrícolas já entra em vigor agora, dia primeiro de janeiro.

Em entrevista ao Rural Notícias para a série especial Agro Rumo a 2021, o vice-presidente da Federação de Agricultura de São Paulo (Faesp) e presidente do Sebrae – SP, Tirso Meirelles, disse que a entidade vem acompanhando de perto as discussões sobre o aumento de impostos no estado.

“Nós trabalhamos desde agosto deste ano para que não haja esse aumento exagerado de impostos. Temos mantido diálogo com o vice-governador de São Paulo Rodrigo Garcia, que tem nos dado esperança para revertermos esse projeto que foi aprovado na Assembleia Legislativa”, diz Meirelles.

O dirigente lamenta a aprovação do projeto que aumenta impostos e ressalta que a medida é prejudicial para o setor produtivo. “Esse aumento de taxas destrói o processo produtivo da cadeia dos alimentos do estado, e prejudica especialmente aos pequenos produtores e os consumidores que irão pagar mais impostos”, relata.

O presidente da Faesp lembra que o projeto deixou de fora o aumento de impostos para a cadeia do leite e da cesta básica. Ele ressalta que a entidade ainda negocia para isenção de tarifas para a energia elétrica e dos insumos agrícolas. “Isso é importante para garantirmos o fornecimento da cadeia produtiva e não repassar os custos para a população mais carente”.

“Nesse momento nosso foco é na negociação. Temos a abertura com o vice-governador para falar sobre o assunto e acredito que chegaremos a um meio termo para que não tenhamos esse aumento abusivo dos produtos agrícolas”, complementa.

Balanço de 2020

De acordo com Tirso Meirelles, apesar da pandemia de coronavírus, que afetou diversos setores da economia, os produtores e o agronegócio não pararam. “Fizemos uma articulação grande no interior do estado, onde estabelecemos todos os protocolos de segurança a partir de março. Distribuímos mais de 3 milhões de máscaras e com o apoio e conscientização dos produtores demos andamento aos cursos presenciais do Sebrae, onde 200 mil produtores tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento”.