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Daoud: Novo auxílio vai aumentar a dívida do governo, mas é necessário para a população

Comentarista avalia novo auxílio de R$ 250 que pode ser pago já nas próximas semanas pelo governo federal

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 1º, que está “quase tudo certo” para o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial.

Bolsonaro esteve reunido no domingo com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a fim de discutir, entre outros assuntos, a prorrogação do benefício bem como a tramitação da PEC Emergencial e a situação da pandemia da Covid-19.]

Segundo Bolsonaro, o novo valor do auxílio, acordado em R$ 250 por quatro meses, está “acima da média do Bolsa Família, que é de R$ 190”. “Alguns reclamam: é muito pouco. Meu Deus do céu, alguém sabe quanto custa isso para todos vocês brasileiros? O nome é ‘auxílio’, não é aposentadoria”, afirmou.

Para o comentarista Miguel Daoud, o pensamento é o mesmo. “R$ 250 é pouco, mas para quem não tem nada é o suficiente para colocar comida na mesa. Não ajuda na proporção dos R$ 600, mas vai ter um reflexo positivo na demanda de alimentos. Outro ponto que não está definido: o auxílio anterior teve abrangência de um pouco mais de 60 milhões de brasileiros, esse não se sabe a abrangência, mas a expectativa é que seja de 30 milhões. Mas nãos se sabe o critério de corte”, explicou.

Uma preocupação, no entanto, vem da questão do dinheiro que será desembolsado para essa nova rodada de auxílio. “O Pacto Federativo está para ser votado e, ali, temos as contrapartidas exigidas pelo governo, pelo ministro Paulo Guedes, para o pagamento de auxílios. Essa contrapartida, na minha opinião, o Congresso não aprova. Esse auxílio emergencial, sem dúvida nenhuma, vai aumentar a dívida do Brasil em R$ 30 bilhões. Mas tem que aumentar mesmo, pois não podemos deixar essas pessoas sem atendimento”