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PIB do Brasil pode cair até 6%, prevê Paulo Guedes

O ministro da Economia conversou com parlamentares nesta quinta-feira, 30, a convite da comissão mista que acompanha ações de combate ao novo coronavírus

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 30, que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em recessão de 4% a 6%. Mas, de acordo com Guedes, o sinal parece mais favorável nos últimos dias. As exportações, que não foram afetadas como era esperado pela equipe da Economia, melhoraram um pouco a projeção.

“O Brasil ia cair 6%, sendo 2 pontos percentuais o choque externo e 4 pontos percentuais por desativação interna, e na verdade esses 2 pontos percentuais de externo não estão acontecendo”, afirmou o ministro.

Durante a videoconferência, Guedes ainda pediu aos parlamentares que aprovem o projeto de ajuda a estados e municípios que está em andamento no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira, 30, poderes Executivo e Legislativo chegaram a um acordo do assunto. O governo federal deve repassar R$120 bilhões às unidades federativas, sendo metade deste valor em repasse direto, com a contrapartida de que os senadores aprovem o congelamento dos salários do servidores públicos pelos próximos 18 meses. A votação da matéria está marcada para acontecer este sábado, 2, no Senado.

Desemprego

Apesar de Guedes haver sinalizado uma recessão um pouco menor, o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, indicou que o desemprego atual – acima de 12% – pode dobrar com a crise do novo coronavírus. Em uma live promovida pelo banco Credit Suisse, Mattar afirmou que esse número só poderá ser conhecido em julho e agosto.

O secretário ainda concordou que o Programa Pró-Brasil, anunciado pelo governo na última sexta-feira, 24, pode realmente ajudar na geração de empregos. O programa prevê investimento em obras públicas e ação de retomada de mercados envolvendo todos os ministérios. As ações devem durar até 10 anos pelo plano inicial.

Mas Mattar ressaltou que esses investimentos devem partir da iniciativa privada. “É necessário retomar o investimento em infraestrutura? É. Com dinheiro público? Não. Tem que ser dinheiro privado”, determinou.