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‘Todos erram na composição do preço dos combustíveis’, diz Bolsonaro

O presidente chama governadores e setor para diálogo, na tentativa de diminuir impostos e margens de lucro

Em linha com a alta do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 8, mais um aumento para seus produtos, que vigoram a partir da terça-feira, 9, nas refinarias da empresa. Essa pauta, vem preocupado o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro tem se reunido com a equipe econômica para encontrar uma solução.

Em fala na manhã desta segunda, ele disse que é preciso reavaliar impostos, tanto os federais como os municipais. “O preço da refinaria é menos da metade do preço da bomba. O que que encarece são os impostos, mas outras coisas. O imposto federal é alto, o estadual é alto, a margem de lucro das distribuidoras e dos postos é grande. Está todo mundo errado, no meu entendimento. Como diminuir, já que ninguém quer perder?”, questionou.

Bolsonaro diz que quer diminuir os impostos federais, mas que não pode fazer isso sem apresentar outra fonte de renda. “Está previsto um novo aumento de combustíveis para os próximos dias, será uma chiadeira e eu não tenho como intervir na Petrobras sem sair da democracia. Ninguém quer ser ditador e isso não passa pela cabeça da gente, mas temos que fazer alguma coisa para mudar, assim como muita coisa está mudando no Brasil. O combustível afeta a todos. Estamos trabalhando em cima do óleo diesel, com o imposto federal Pis/Cofins com 33 centavos por litro, e é bastante. O ICMS é maior do que isso, mas os governadores falam que não podem perder receita pois estão no limite, o que é verdade, assim como o governo federal, mas não podemos deixar esse peso sobre a população, que está com a corda no pescoço muito mais do que os governos”, completou

Bolsonaro disse que a Petrobras aponta um problema na diminuição do preço do diesel, já que parte do combustível é importado. “A Petrobras alega que se não aumentar o diesel, não vamos importar mais. Não dá para importar algo para vender mais barato, o que geraria desabastecimento. O pior pode acontecer. Não temos a preocupação de pressões, que existem e são legítimas, mas de acordo com a pressão todo mundo perde. Os impostos de maneira geral são altíssimos no Brasil”.

A proposta do presidente é alterar a cobrança do ICMS.  “A minha proposta para o ICMS é que o valor seja fixo em cima do litro, ou um percentual nas refinarias. Tem bitributação no caso do ICMS. Não procuro encrenca, até porque o governo federal também cobra demais. Precisamos encontrar uma solução de forma pacífica”, concluiu.