Soja Brasil

Soja: clima seco e atraso no plantio no Brasil impulsionam cotações em Chicago

Segundo a Safras, com a semeadura sendo adiada em regiões produtoras do Brasil, o mercado trabalha com aumento no período de demanda firme pela soja dos EUA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira, 6, com preços em forte alta, mas abaixo das máximas do dia. O clima seco e o atraso no plantio da safra brasileira garantiram a sustentação dos preços.

Com a semeadura sendo adiada nas principais regiões produtoras do Brasil, o mercado já trabalha com aumento no período de demanda firme pela soja dos Estados Unidos. Agentes calculam que a safra brasileira, que geralmente chega ao  mercado em janeiro, pode ter atraso de um mês.

A demanda segue firme pela oleaginosa dos Estados Unidos. Hoje os exportadores privados venderam mais 154.400 toneladas para destinos não revelados. Essa combinação de fatores fez os contratos baterem no melhor nível desde abril de 2018 no gráfico contínuo na máxima do dia.

O mercado também está se posicionando frente aos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O departamento deverá reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. O relatório de outubro do Departamento será divulgado às 13hs da sexta.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,292 bilhões de bushels. Em setembro, o número era de 4,313 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels. Para os estoques de passagem, a aposta é de 360 milhões de bushels para 2020/21. Em setembro, o  número ficou em 460 milhões.

A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 90,9 milhões de toneladas, contra 93,6 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 96 milhões para 94,7 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 22,50 centavos de dólar por libra-peso ou 2,20% a US$ 10,44 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,45  por bushel, com ganho de 20,50 centavos ou 2%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 9,50 ou 2,74% a US$ 355,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,09 centavos de dólar, alta de 0,53 centavo ou 1,62%.