Produtor de soja de Sorriso (MT) investe na rotação de culturas e ganha prêmio de produtividade com milheto

Em Mato Grosso, produtores usam a safrinha para a rotação e plantam variedades como milho, feijão, girassol e milhetoA produção de soja exige que seja feita uma rotação de culturas. Em Mato Grosso, produtores usam a safrinha para essa rotação. Sai a soja e entram outras variedades como milho, feijão, girassol e também o milheto.

Em Sorriso (MT), o produtor Olvide Gazola conquistou, na última safrinha, o prêmio de produtividade em milheto, com 52,62 sacas por hectare. Participaram do concurso produtores de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.

– O normal do milheto é mais ou menos 15 sacas, mas com uma nova tecnologia desenvolvida por uma empresa alcancei maior produtividade. Isso no concurso, pois no total da lavoura plantada alcancei a média de 62 sacas por hectare – diz o produtor.

Gazola optou pelo milheto para usá-lo no confinamento de gado e também por ser um reciclador de nutrientes do solo.

– Estou trabalhando com diversidade na fazenda. Planto soja, milho, feijão e o milheto. Como o milheto vem na terceira janela da segunda safra, ele é um reciclador de nutrientes de solo. Uso o produto para confinar gado. O restante da produção é vendido para fábricas de rações.

Segundo Gazola, o milheto é importante para a soja, pois há uma semirrotação de culturas nas lavouras.

– O milheto é uma gramínea, a soja é leguminosa. Então ele entra como uma rotação de cultura, além de ser um redutor de nematóide – explica.

Na próxima safrinha, Gazola pretende aumentar a safra de milheto e plantar 500 hectares da gramínea.

– Pretendo aumentar a safra. Quando fechar a janela de milho, aí entro com feijão. Fechando a janela de feijão, aí eu fecho o ciclo de segunda safra com milheto. Pretendo fechar a área de 7 mil hectares fazendo 5 mil de milho, 1,5 mil de feijão e 500 de milheto – completa.