Rio Grande do Sul

Trabalho escravo: Apex revoga restrições a vinícolas citadas

De acordo com a Apex-Brasil, a justificativa da revogação da suspensão foi baseada em um acordo firmado pelas empresas com o MPT

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) revogou nesta quinta-feira (6) a suspensão que havia imposto a três vinícolas citadas em investigação de trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul.

A suspensão aconteceu em fevereiro deste ano, após trabalhadores serem resgatados na região de Bento Gonçalves (RS), realizando serviços terceirizados para as vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi.

De acordo com a Apex-Brasil, a justificativa da revogação da suspensão foi baseada em um acordo firmado pelas empresas com o Ministério Público do Trabalho (MPT), no qual as empresas se comprometem a observar os direitos dos trabalhadores, ressarcir danos materiais individuais e danos morais coletivos à sociedade brasileira.

A decisão também levou em conta um parecer interno que avaliou que o risco de integridade para os trabalhadores nessas empresas caiu para o nível médio.

Além de suspender as restrições, a Apex determinou à Coordenação de Prevenção, Ouvidoria e Transparência da agência que faça monitoramento mensal dos compromissos assumidos pelas vinícolas.

As três vinícolas são apoiadas pela Apex em iniciativas como feiras internacionais, missões comerciais e eventos promocionais, incluindo o projeto Wines of Brazil, tocado pela Apex em parceria com a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).