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Confira a previsão do tempo para segunda e terça-feira

Chuvas volumosas ainda aparecem em áreas de quase todas as regiões brasileiras; veja como ficam as condições no início da nova semana

Segunda-feira, 29

Sul

Ainda chove na região, ocorrendo agora no sul e nos extremos norte e leste do Rio Grande do Sul, além de em todo o estado de Santa Catarina e do Paraná. Segundo a Somar Meteorologia, os temporais mais fortes ocorrem no território catarinense, ao longo do dia, e mais a partir da tarde no Paraná. Há potencial para queda de granizo.

O destaque fica para os volumes elevados no extremo nordeste de Santa Catarina e no leste paranaense, onde há riscos para alagamentos e deslizamentos de terra.

Vale salientar que pode haver rajadas de vento de mais de 50 km/h nos três estados da região. Além disso, no Paraná a chuva será ainda de temporais isolados, que serão mais fortes no sul e no leste do estado.

As chuvas acontecem por causa da formação de uma frente fria, associada ao ciclone extratropical na costa da região Sul, e mais as instabilidades em níveis mais altos da troposfera.

Por outro lado, no Rio Grande do Sul, o tempo fica firme desde a fronteira oeste até o Vale do Taquari e Região Metropolitana de Porto Alegre, passando pela região central e pontos de serra, devido à presença do avanço de uma área de alta pressão atmosférica.

Essa mesma área traz uma massa de ar frio na região. As áreas onde as temperaturas ficarão mais baixas na segunda aumenta, indo desde o sul e o oeste gaúchos até o sul paranaense. A previsão indica ainda mar agitado na costa da região, em especial no Rio Grande do Sul.

Sudeste

As chuvas continuam atuando nos quatro estados da região, pegando do oeste e sudoeste de São Paulo ao sul do Espírito Santo, passando pela metade sul mineira e por todo o Rio de Janeiro.

A chuva intensa, com muitas trovoadas, rajadas de vento, que podem passar de 60 km/h, queda de granizo e com acumulados expressivos, mesmo que pontualmente, acontece no sul, leste e centro de São Paulo (como nas regiões de Registro, Itapeva, Metropolitana de São Paulo, Campinas, litoral e no Vale do Paraíba), sul de Minas Gerais e oeste e centro do Rio de Janeiro (como nas regiões do Médio Paraíba, Costa Verde, Metropolitana do Rio de Janeiro, Serrana, centro-sul fluminense e Baixadas Litorâneas), com condição para alagamentos e outros transtornos.

O litoral sul paulista, a Baixada Santista e a região de Registro são os locais que receberão os maiores volumes de chuva, com mais de 40 mm previstos. As chuvas em São Paulo são causadas pela aproximação de uma frente fria, em especial no sul do estado, e também por áreas de instabilidade próximas à superfície, calor e da alta umidade.

Esses dois últimos motivos serão também a causa das precipitações em Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Por outro lado, no centro-norte capixaba, no noroeste paulista, em parte do Triângulo Mineiro e no norte e leste de Minas, o dia segue firme, com temperaturas elevadas e baixa umidade do ar (menos de 30%). Deve-se ressaltar que, mesmo nas regiões onde chove, o calor continua; as temperaturas mais elevadas ocorrem no noroeste de São Paulo e no norte de Minas Gerais.

Centro-Oeste

As chuvas ficarão concentradas no noroeste e norte de Mato Grosso, por causa de instabilidades associadas ao calor e à umidade da Amazônia, de forma bem isolada e com acumulados mais modestos. Destaque para o aumento de áreas de chuva no sul de Mato Grosso do Sul, por influência da passagem de uma frente fria. Nessas localidades, há riscos para rajadas de vento e eventual queda de granizo.

No entanto, o que prevalece na maior parte do Centro-Oeste é o tempo seco, ainda com sol, calor e baixos índices de umidade relativa do ar, que atingem níveis considerados críticos na parte da tarde, abaixo de 30%.

As temperaturas ficam mais amenas apenas no extremo sul de Mato Grosso do Sul, devido ao tempo fechado.

Nordeste

As chuvas seguem volumosas no Maranhão, Piauí e Ceará, pela influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Também chove de maneira forte e pontual no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e no extremo nordeste da Bahia. Nessas áreas, chove por conta de áreas de instabilidade em altitude, e nas áreas mais litorâneas e em municípios próximos, colabora a umidade que vem do mar.

O destaque está nos altos acumulados previstos para o litoral do Rio Grande do Norte e oeste e leste da Paraíba. No entanto, o tempo seguirá firme em grande parte da Bahia, com temperaturas elevadas e baixa umidade do ar durante a tarde, atingindo valores abaixo de 30%.

Norte

A previsão do tempo indica mais chuva na forma de temporais e com acumulados bastante elevados no Pará e no Amapá, por causa da presença da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), mais a borda do Vórtice Ciclônico nos Altos Níveis da Atmosfera (VCAN) que se forma sobre o Pará.

Também deve haver chuva intensa no decorrer do dia e acumulados elevados no Acre, Amazonas e Roraima, com potencial para cheias. Tudo isso deverá ocorrer por conta do calor, da alta umidade do ar e da circulação de ventos em altitude.

Chove forte também no centro-norte de Tocantins, em especial a partir da tarde. O tempo fica firme apenas no sul do Tocantins, por conta da massa de ar seco, com temperaturas elevadas e baixa umidade do ar.

 

Terça-feira, 30

Sul

A frente fria se afasta para a costa do Sudeste. Mesmo assim, ajuda a trazer chuva forte em parte do Sul. Há previsão de acumulados bem elevados, acima de 50 mm no extremo leste do Paraná, especialmente no litoral. As chuvas nesse estado e na faixa leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul são causadas pela presença de fortes ventos em altitude (chamados de jatos), e de áreas de instabilidade nos níveis médios e baixos da atmosfera (conhecidos como cavados).

No leste da região Sul, as instabilidades são reforçadas também pelo ciclone extratropical na costa, associadas a uma frente fria. As chuvas ocorrem ao longo do dia, com rajadas de vento de mais de 50 km/h.

O tempo firme predomina do oeste gaúcho até o extremo sul do Paraná, passando pelo centro-oeste catarinense, por conta da área de alta pressão atmosférica, que além de inibir as nuvens carregadas, traz um ar mais frio à região. As temperaturas caem bastante nos três estados, e ficam baixas ao longo do dia, provocando uma sensação de frio típica de outono. O risco de ressaca aumenta no Sul a partir desta terça.

Sudeste

Uma frente fria percorre a costa de São Paulo e do Rio de Janeiro, ajudando a levar chuvas no litoral e nos municípios próximos, como os do Vale do Paraíba, em parte da Região Metropolitana de São Paulo e na Zona da Mata de Minas Gerais. Nessas áreas, há previsão de temporais, rajadas de vento de mais de 50 km/h e raios.

Os acumulados devem passar de 70mm em grande parte dessas regiões, em especial no litoral paulista e em todo o território fluminense. Na chamada Costa Verde, Médio Paraíba, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, áreas serranas e baixadas litorâneas, há riscos para acumulados de mais de 100 mm no dia. De maneira geral, todo o estado de São Paulo terá pancadas de chuva, na forma de temporais, mesmo que isolados, assim como na maior parte de Minas Gerais e no sul do Espírito Santo.

Também há previsão de rajadas de vento e raios, além de potencial para queda de granizo, com maior chance nas regiões de Sorocaba, Itapetininga, Itapeva, Campinas, Vale do Paraíba, Região Metropolitana de São Paulo, todo o estado do Rio de Janeiro, sul e Zona da Mata de Minas Gerais, atingindo ainda Belo Horizonte (MG) e extremo sul capixaba. Nessas áreas, além da passagem de sistema frontal, há temperaturas altas e ventos em altitude. O calor continua na maior parte do Sudeste, só diminuindo mesmo no sul paulista.

Centro-Oeste

As condições pouco se alteram na região, em relação ao dia anterior. Chove ainda no oeste e norte de Mato Grosso, por influência do calor, da alta umidade e de uma região de cavado que fica acima de 10 km de altitude. Também há precipitação no sul e leste de Mato Grosso do Sul, por conta da passagem de uma frente fria e da circulação de ventos em altitude.

As chuvas acontecem ao longo do dia, na forma de temporais, mesmo que de maneira isolada, com raios e rajadas de vento. Por conta do tempo fechado, o sul de Mato Grosso do Sul terá temperaturas mais baixas. Já nas demais áreas dos dois estados, em Goiás e no Distrito Federal, o tempo será firme, com temperaturas elevadas e baixa umidade do ar no meio da tarde.

Nordeste

Há previsão de temporais ao longo do dia do Maranhão ao litoral da Paraíba e de Pernambuco. Os acumulados de chuva devem ser elevados no norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará e no Rio Grande do Norte, com risco de alagamentos, tudo por conta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Na costa paraibana e pernambucana, a chuva ocorre mais por conta da umidade que vem do mar e da circulação de ventos em altitude.

Do norte da Bahia ao interior de Pernambuco, em Alagoas e em Sergipe, a precipitação é mais isolada. Pontualmente, as chuvas podem ser fortes, mas de curta duração. Já no centro-sul da Bahia, mais uma vez a massa de ar seco deixará o dia estável, com calor e baixa umidade do ar no meio da tarde.

Norte

As chuvas continuam na região, com previsão de temporais ao longo do dia e acumulados elevados mais uma vez do Acre até o norte do Pará e o Amapá. No Acre, Amazonas e Rondônia, as chuvas ocorrem por conta do calor, da alta umidade e da circulação de ventos em altitude (conhecida como Alta da Bolívia, uma área de alta pressão atmosférica em altitude, que ajuda na formação dos temporais). Na região do Pará, a chuva é influenciada pelo calor, pela umidade e por uma região de cavado, acima de 10 km de altitude. No Amapá e no norte do Pará, as instabilidades são causadas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

No sul do Tocantins, o dia será mais uma vez de céu aberto, com sol e umidade relativa do ar baixa.